A. G. Olyver e Paulo Coelho. O que tem a ver?

Eu sempre vou ser grato ao Paulo Coelho por me inspirar a escrever meu primeiro livro. Sempre vou me pautar pela simplicidade de sua escrita, cujo objetivo é fazê-la ser entendida por qualquer pessoa, seja ela leiga ou versada nos assuntos da filosofia, da religiosidade ou do misticismo.

O Paulo é chamado de Mago pelo mundo afora, ainda que ele próprio nunca tenha se visto assim no sentido esotérico. Entretanto, foi através de seus livros de caráter mágico-filosófico que eu me identifiquei com um estilo literário direto e enxuto, sem floreios, sem “arroubos de superioridade” como se diz. Tento ser simples; tento falar ao povo. Quero que minha literatura, mesmo fantástica, seja de fácil compreensão e de boa diversão para quem se propuser a lê-la. Tal como faz o Mago.

E, tendo o Paulo Coelho como inspiração, já me peguei trilhando muitos caminhos similares, antes mesmo de saber que ele o fizera. Ora, ele já disse ter feito ventar, chover, mover coisas e, eu, claro, hoje sem medo da descrença alheia, posso dizer que já fiz também do mesmo o suficiente a ponto de entendê-lo quando diz que produzir tais feitos não tem sentido; que há muito mais o que se fazer e o que se buscar na vida introspectiva, no interior do ser, além de demonstrações físicas de Magia. Mas das décadas que me dediquei ao estudo, prática e experiências desse tipo, muito absorvi e desse conhecimento faço base para muitos dos textos que escrevo e dos conceitos que crio para as fantasias que publico.

Das não poucas coisas que aprendi sobre Magia nesses tantos anos, acho que uma que mais me marcou e que ainda hoje faz parte do meu dia a dia, e pratico fielmente, é a habilidade de decidir absolutamente. E, particularmente, acho que esse é o maior poder que o ser humano poderia desenvolver na vida: a decisão absoluta.

Quando queremos algo, nem sempre queremos de verdade. Temos vontade, desejo, e “queremos muito”, mas lá no fundo, existe um botão que a gente não liga de fato. Esse botão é a decisão absoluta. E, quando aprendemos (e há formas de aprender isso) a decidir absolutamente, então todo o Universo passa a conspirar ao nosso favor, guiando nossos passos, movendo os ambientes para que tudo siga como queremos que seja. E todas as vezes que eu o fiz, grandes mudanças moldaram meus novos caminhos. Porém, sei de como são raras as vezes que se é possível decidir absolutamente. E é compreensível que seja assim.

E, novamente, ainda que grande parte do meu amor pelo Ocultismo tenha vindo do meu pai, a cereja do bolo veio através de O Diário de um Mago, do Paulo Coelho. Ele, que nasceu no dia 24 de agosto, um dia 6, é meu vizinho de aniversário, que nasci no dia 27 de agosto, um dia 9. E, mesmo que essas numerologias nada signifiquem de verdade, acho chique dividir essas coisas estranhas com O Mago, cujos trabalhos são os mais invejados na literatura pela simplicidade com a qual escreve e o sucesso do qual é protagonista.

Mas é disso que se trata a literatura, e é esse estilo que busco atingir, onde qualquer pessoa, com o mínimo de alfabetização, possa se divertir e aprender bons valores lendo meus livros; pois a literatura é para todos, e precisa chegar inteligível a todos eles.

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