Vendas de motos aumentaram 12,2% no semestre

Após um período de retração da economia, que atingiu diversos setores, o mercado de motocicletas vem sentindo recuperação. Dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) indicam um crescimento de 12,2% na venda de motos no primeiro semestre de 2018, em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com a entidade, 451.311 unidades foram comercializadas no atacado.

Clauder Fagundes, gerente da Honda

No varejo montenegrino, o fenômeno também é identificado. “Em 2016 e no primeiro semestre de 2017, nós já sentimos a queda, como todo mundo. Agora, estamos vendo um aquecimento”, aponta o gerente da Honda, Clauder Fagundes. Ele indica que o crescimento está diretamente relacionado com a alta nos combustíveis, que impulsionou o consumidor a optar pela moto, que é mais econômica que um carro. “Sobe o preço na bomba e cresce a procura pelas motos”, diz.

Enquanto um carro roda cerca de 10 quilômetros com um litro de combustível, uma motocicleta pode rodar de 30 a 50 quilômetros, dependendo do seu modelo. Além do baixo custo com gasolina, Clauder cita a economia com manutenção, os três anos de garantia que a loja oferece e o valor de aquisição como outros atrativos da moto. “Hoje, com R$ 9 mil, tu consegue já comprar uma moto zero”, salienta.

A CG-160 Start é a mais procurada
em Montenegro, de acordo com o gerente da Honda. Conta com painel digital e partida elétrica

A facilidade para estacionar e também desviar de grandes engarrafamentos são outros pontos positivos a serem destacados diante de um trânsito com cada vez mais veículos. O gerente da Honda aponta, ainda, que a empresa tem identificado o aumento de compradoras do sexo feminino, que tem optado pelas motocicletas para enfrentar a rotina do seu dia-a-dia. A revenda local da Honda abriu em 2010 e, atualmente, é a única loja do tipo na cidade.

Os itens da marca são produzidos na cidade de Manaus, no estado do Amazonas. De acordo com a Abraciclo, os números da indústria também apresentaram alta no acumulado do primeiro semestre deste ano. Foram 494.685 unidades fabricadas, com um aumento de 16,7% em relação ao mesmo período de 2017. Seguindo os bons índices, as exportações das motos brasileiras também cresceram: 26,6%.

Bicicletas também tiveram um bom semestre
Também acompanhado pela Abraciclo, o mercado de bicicletas teve uma alta de 10,7% na produção do semestre. Para o vice-presidente do segmento na Associação, João Ludgero, o item passou a ser mais valorizado nos grandes centros urbanos, principalmente pelo período de falta de combustíveis acarretado pela paralisação dos caminhoneiros, em maio.

“Despertou-se bastante o interesse (na bicicleta). Cada vez que a gente tinha dificuldade de ir para a escola ou o trabalho, a bicicleta foi usada”, comentou, durante a divulgação dos dados. A criação de novas ciclovias Brasil afora também auxiliou no aumento da procura.

Boas projeções para o final do ano
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, diante dos dados positivos do primeiro semestre, já revisou as suas projeções para o restante do ano de 2018. De 5,9%, agora espera-se um crescimento de 11% na produção das indústrias. Quando às vendas do atacado, o índice que era de 4,3%, agora é de 10,5%.

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