Quarta picape mais vendida do País no mês de outubro de 2017 — ficou atrás da Fiat Strada, Volks Saveiro e Fiat Toro —, a Chevrolet S10 chega à linha 2018 com inovações tecnológicas importantes nas versões com motorização a diesel. O Ibiá Motores testou uma unidade da versão top de linha, High Country, ao longo de sete dias e mais de 850 quilômetros, e percebeu sensível melhoria trazida pelo inovador pêndulo no câmbio, que diminuiu bastante as vibrações do forte motor 2.8 litros, algo normal, por sinal, em utilitários a diesel. Com isso, os ruídos da picape caíram a níveis que, fora do País, se assemelham aos de sedans de luxo movidos com o mesmo tipo de combustível.
Além de mais silêncio dentro do veículo, o refinamento mecânico da valente S10 leva a uma redução de consumo de até 13% na comparação com o modelo anterior, afirma o fabricante. Na prática, o condutor também sente respostas mais rápidas ao tocar no acelerador, sobretudo em retomadas. Uma redução de velocidade diante de um quebra-molas, por exemplo, agora é recuperada em menos tempo e espaço, um ponto bastante positivo para quem transita em área urbana.
Denominada CPA (Centrifugal Pendulum Absorber), a nova tecnologia otimiza o acoplamento da transmissão em rotações mais baixas. “Além de funcionar como um filtro de vibrações, o CPA possibilita o acoplamento antecipado da transmissão, melhorando também a eficiência energética do veículo em até 13%”, explica Fabiola Rogano, vice-presidente de Engenharia da GM.
A empresa desenvolveu uma nova calibração do motor, que atinge 200 cv de potência e 51 kgfm de força, e da transmissão de seis marchas (automática com possibilidade de troca manual sequencial). Com tanta força, a picape arranca com fôlego até dentro das cidades e, nas rodovias, faz ultrapassagens com muita facilidade. Contudo, as aceleradas têm seu limite, já que o elevado centro de gravidade, depois de determinado estágio, compromete a estabilidade. De acordo com a Chevrolet, a velocidade máxima é de 180 km/h. A aceleração de 0 a 100 km/h é de 10,3 segundos. Antes, era de 10,9s. O consumo médio fica na casa dos 11 quilômetros por litro.
Nas lojas, a High Country custa R$ 181.590,00, valor que seria mais adequado se houvesse ajustes elétricos no banco do caroneiro dianteiro e nenhuma parte de plástico rígido no painel e nas portas. Também se sentiu falta de iluminação no quebra-sol do banco do caroneiro. Nesta era de conectividade, a tela da central multimídia também mereceria atenção maior da Chevrolet. A versão top do Jeep Compass é um exemplo bacana neste sentido.