Os Daltons: eles não são uma banda, são um bando!

Foto: reprodução internet

A banda portoalegrense Os Daltons, conhecida no cenário gaúcho por sua singularidade musical, se apresentará novamente em São Sebastião do Caí, em maio. Essa será a segunda participação do grupo no encontro de Carros Antigos da Cidade, no dia 1ª, no Parque Centenário. Com interpretações singulares de grandes clássicos do rock e country, o bando é composto, atualmente, por William Dalton (Violão/Voz), Clint Dalton (Baixo/Voz), Lictus Dalton (Guitarra/Voz), Marshall Dalton (Bateria/Percussão) e Rooney Dalton (Teclados).

O nascimento em meados de 1993 foi em comemoração os 10 anos da Rádio Ipanema FM, através da ideia do jornalista e músico Jimi Joe. “Em 1994, continuando com ensaios, mesmo que de brincadeira, começaram a surgir os convites para os shows. E foi então que pensamos que era necessário nomear o grupo. Depois de um ensaio, fomos para a Cidade Baixa, em Porto Alegre, para pensar que tipo de nome daríamos àquele projeto”, explica William Daltons, um dos integrantes.

E foi em uma conversa sobre filmes de faroestes que surgiu a inspiração. “O Jimi então se lembrou do desenho Os Daltons contra Lucky Luke e sugeriu: quem sabe a gente coloca Os Daltons? A partir de renomeada, o Jimi escreveu o que ele chamava de uma biografia falsa, contando a história de cada integrante, como se fosse um personagem. Todos que entram no bando viram um personagem, na verdade. E usamos nome artístico se o nome do integrante não for sonoro”, relata.

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Desde o início das atividades, segundo William, mais de 30 músicos passaram pela banda, muitos nomes renomados do rock gaúcho, como Márcio Petracco, Alexandre Birck, Daniel Mossmann, Gabriel Guedes e Marcelo Gross. “Além do Júlio Reny e Jimi, que são uns caras são compositores e que investiram bastante no rock gaúcho”, diz.

Rock carregado de referências
Com base sólida no rock, William conta que ao longo do tempo a banda buscou raízes musicais no country. “O rock é a mistura do country com blues, né?! Então no início tocávamos muito rock clássico junto com country de raiz, blues de raiz. Com o passar do tempo, fomos acrescentando outros estilos. E a cada novo componente que entrava, as ideias que traziam eram acopladas ao estilo”, explica.

Atualmente, segundo o músico, o som dos Daltons conta com uma mistura de Soul Music e até um pouco do pop. “Estamos mais variados. Sendo que as referências que tocávamos no começo, também mudaram. E sempre digo que não somos uma banda cover ao pé da letra; nós fazemos interpretações. Pegamos características da música e tocamos à nossa maneira. Isso também dá liberdade de renovar, assim como nós”, informa.

As inspirações do grupo são de trilhas do faroeste, além de The Beatles, Rolling Stones. “Os Daltons é inspirado em uma era, a dos anos 50, onde o rock nascia e os filmes de faroeste eram sucesso no cinema. Misturamos esses dois elementos para fazer o estilo. Então as primeiras inspirações foram nomes como Johnny Cash, Chuck Berry, Elvis…Mas tudo procuramos fazer da nossa maneira, dar uma característica como se fosse nossa”, pontua.
Com três trabalhos nos discos “The Dreher Sessions” lançado em 2002, “Dalton’s Saloon” lançado em 2004 em comemoração aos dez anos de estrada e “Daltons 13”, lançado em agosto de 2007 e apenas uma música autoral, o novo projeto é do vocalista William Dalton.

“Sempre teve essa coisas de quando vamos lançar um projeto autoral? Mas, assim, com o tempo fomos sendo contratados para esse tipo de show de interpretações. Então de repente chegar com coisas inéditas era até um pouco perigoso. Imagina em um encontro de motos, carros antigos em que os caras nos conhecem fazendo os clássicos, os mestres do rock, tocar algo muito novo. Fica difícil, né? Para evitar isso, eu, que permaneci no bando até hoje, falei para os outros que vou organizar e lançar William Daltons e o bando, que é uma ramificação autoral dos Daltons, ainda este ano”, conta o vocalista.

Há mais de 15 anos participando em encontros de motos e mais recentemente de carros antigos, a banda já se apresentou em estados como Santa Catarina, mas tem como foco – e não quer perder- o mercado gaúcho. “Apesar de não parecer, o Rio Grande do Sul tem um mercado musical muito bom. Tem um público consumidor, que é um destaque. A diversidade musical no Estado é muito legal, somos acolhidos. Então continuaremos com shows e apresentações aqui”, conclui William.

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