A Gincana da Reforma do Colégio Sinodal Progresso acabou, mas o ensinamento que deixou permanecerá por muito tempo. O resultado é importante, mas segundo os participantes nada foi tão vitorioso quanto a convivência, alegria e união que tiveram. Pela sexta vez consecutiva, alunos, professores, organizadores, pais, ex-alunos e demais colaboradores do evento juntaram forças para promover o principal objetivo da gincana: trabalhar valores morais. Tendo em vista a data dos 500 anos da Reforma Protestante, Tiago Kappes, um dos representantes da FTC Produções (organizadora do evento) e Leila Maria de Oliveira, coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental e Ensino Médio, contam que a comissão organizadora optou por não trabalhar nenhum tema específico em 2017, mantendo somente o nome da gincana e abordando questões da história da Reforma em algumas tarefas. “Os três dias oficiais da eventualidade são marcados pela entrega e pela união dos alunos, que se empenham em ajudar as suas equipes. Eles estudam e se divertem”, diz Tiago. O mais interessante, porém, é que em meio a essa disputa há muita amizade dentro e fora de seus grupos, e muito ensinamento, já que a maioria das provas exige pesquisas.
Lorenzo Schu de Souza, 16 anos, um dos lideres da The Hawks, afirma que a motivação em grupo se torna muito mais forte. Como está cursando o segundo ano do Ensino Médio, ele já passou por diversas gincanas, mas assegura que ela sempre se renova. “O mais legal de tudo é que tem rivalidade nas competições, mas, no campo, na convivência, todo mundo é amigo. Acho que é justamente para isso que criaram. Além de ser divertido, ajuda na socialização”, enfatiza.
Naturalmente, ganhar todos queriam, mas Lorenzo garante que todos saem vencedores, independentemente da colocação. “Nós trabalhamos desde março. É uma atividade extra e, quando ela acaba, nós continuamos unidos. E essa amizade que se cria muitas vezes fica para a vida inteira”, reflete.
Para quem está de saída da escola, o evento tem um gostinho de despedida. Aluna do terceiro ano, Bárbara Schneider,16, fez parte da liderança da Calangos e garante que a Gincana da Reforma é o evento mais esperado por quem estuda no Sinodal. “Quando começam as aulas, já iniciam também os comentários nos corredores. Nunca vi outra gincana como essa em outras escolas”, compara. A prova que ela considerou mais difícil foi cantar a música “Planeta Água” dentro de uma piscina. “Não participei. Mas eram sete integrantes de cada equipe e naquele dia estava bem frio. Acho que foi a mais complicada”, avalia. Nos próximos anos, ela pretende continuar participando, como ex-aluna.
Quem esteve à frente da equipe Alpha foi Bianca Maurer, 15 anos. Está no primeiro ano do Ensino Médio, mas se engana quem pensa que é inexperiente na atividade. “As equipes são formadas entre os ensinos médios, mas os alunos Fundamental são inseridos depois. Acho que já participei de todas as edições e nunca vi aquela rivalidade excessiva, que estraga as competições.” Na avaliação de Bianca, a gincana promove também maior participação dos pais na escola. “Eles trazem comida, bebida e itens que precisamos quando passamos o dia aqui. E em casa ajudam nas atividades. E não são só os meus, porque a gente vê que há um auxílio de todos nas tarefas”. conta.
calangos, a campeã
A equipe campeã da Gincana da Reforma 2017 foi a Calangos, somando 954 pontos. A segunda colocada foi a Alpha, com 895,8 pontos. A The Hawks ficou em terceiro lugar, com 855,8 pontos. A diferença da terceira colocada para a segunda foi de apenas 40 pontos. Já da terceira para a primeira colocado, 98,2 pontos.
As últimas provas foram decisivas e envolveram desde torta na cara até uma apresentação conjunta entre alguns pais e alunos, representando seus respectivos grupos, em que cantaram a música “Trem Bala”, da dupla Anavitoria.