Valorização. O trabalho de conclusão do curso de Mestrado em Arquitetura de Ricardo Müller mostra um olhar diferente e muita pesquisa sobre um dos principais pontos turísticos de Montenegro.
O Parque Centenário de Montenegro é fonte de inspiração para o projeto de conclusão do Curso de Mestrado em Arquitetura do jovem Ricardo Cemin Müller, de 20 anos. Em 2019 ele chega a reta final de mais uma etapa de seu processo de qualificação profissional. Ricardo mora há quase dez anos na Austrália, e é na Curtin University, em Perth, que irá apresentar seu projeto. A escolha do tema era livre, e entre inúmeras possibilidades, Ricardo não teve dúvidas ao escolher o Parque do qual possui muitas lembranças de sua infância. A intenção do jovem é que seu projeto possa contribuir para melhorias no local e atrair ainda mais visitantes. No mês de dezembro, o arquiteto veio ao município para rever a família e buscar subsídios para estruturar sua pesquisa. Na próxima visita a Montenegro, o rapaz pretende mostrar a Administração Municipal o resultado de seus estudos e quem sabe inspirar mudanças no Centenário.
Conforme Ricardo, é comum, no curso de mestrado, os alunos escolherem como tema projetos relacionados a sua cidade ou país de origem e com ele não foi diferente. “Eu achei que seria importante fazer um projeto para Montenegro porque era uma oportunidade para eu aprender mais sobre design e arquitetura brasileira e também porque morei meus primeiros doze anos de vida aqui e tenho boas memórias do Parque”, acrescenta.
Ricardo deixa claro que seu trabalho não pretende simplesmente usar exemplos que deram certo em parques da Europa e fazer experimentos no Centenário. A composição do projeto leva em conta questões históricas e culturais da cidade, além dos eventos que são realizados no local. “É um trabalho teórico. Quero analisar tudo isso para ver que tipo de intervenção um arquiteto pode fazer no Parque Centenário.”
Um importante passo rumo à conclusão do trabalho
Na última semana do mês de dezembro, Ricardo se reuniu com representantes da Administração Municipal, esteve no Museu Histórico e, como não poderia ser diferente, no Parque Centenário. O objetivo foi coletar o máximo de informações possíveis para serem aplicadas em seu trabalho. “Volto para casa cheio de ideias”, diz o jovem. “A condição do Parque está meio deteriorada no momento. Sei que há planos para restauro do Domingão e o Azulão, mas, fora isso, acho que tem muito potencial para fazer alguma coisa diferenciada na parte externa”, avalia.
Entre as metas do arquiteto está o uso da tecnologia como forma de atrair o público para o Parque. “Hoje em dia, o Parque não é tão frequentado como era antes, seria importante incorporar algo tecnológico”, reitera. Em suas pesquisas sobre o Parque Centenário, Ricardo descobriu que o número de comentários sobre o local, deixados no Google River, se observada a proporção populacional, é equivalente as mensagens postadas sobre o Kings Park, considerado um dos maiores parques do mundo. “Fiquei surpreso com o número de pessoas que deixaram comentários sobre o Centenário. É incrível! É possível ver o quanto o parque é valorizado”, aponta.
O arquiteto ainda não sabe quando visitará Montenegro novamente, mas certamente voltará com o resultado de muito estudo e trabalho para apresentar. “Estou disposto a explicar, a quem tiver interesse, porque fiz as escolhas apontadas pelo projeto”, conclui.