O Estádio Hélio Alves de Oliveira, do Grêmio Esportivo Municipal, passa por uma série de melhorias. O clube do bairro Municipal sofreu grandes prejuízos com a enchente de maio do ano passado. No ano anterior também as inundações geraram danos, mas a grande cheia de 2024 foi catastrófica.
Através de projetos, com o apoio do poder público e de empresas, o Municipal está passando por uma grande reformulação. O estádio está virado em um canteiro de obras. A sede, onde funciona a copa, está tendo o seu telhado substituído. Também está sendo feito o cercamento da área. O campo principal, assim como o suplementar, vai receber novo gramado. Um pavilhão está em construção e contará com campo com grama sintética. Também será instalada a Casa do Atleta, com alojamentos para os jogadores.
Coordenador do Projeto Olé e presidente do Municipal, Alex Gonçalves, o “Leleco”, calcula que serão investidos mais de R$ 500 mil. Ele cita que foram recebidos recursos através do Pix Solidário do Sicoob Confiança e da empresa John Deere pelo projeto Finta de Craque e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Concrad). Leleco também destaca o apoio dos governos municipal e federal. Cerca de 125 atletas, entre 6 e 17 anos, de diversas categorias, estão cadastrados no projeto. O clube também participa de competições, sendo que em 2023 foi campeão estadual da Taça das Favelas e no ano passado ficou com o vice-campeonato da competição, realizada pela Central Única das Favelas (Cufa).
Arrombamento da sede
Mesmo sem grama e com o intenso calor, meninos e meninas correm no campo do Municipal. As enchentes, que atingiram as instalações da sede, não são o único obstáculo para atender às crianças e adolescentes, grande parte em situação de vulnerabilidade social, que buscam no esporte um caminho para o futuro. Outro prejuízo tem sido resultado da ação de criminosos.
No último final de semana, o local voltou a ser alvo dos ladrões. Foram quebrados cadeados do portão e do vestiário. Segundo Leleco, furtaram desde botijão de gás, fios elétricos e um carrinho de mão novo, até ferramentas e máquinas como parafusadeira e esmerilhadeira. E não é o primeiro furto no local. “Fizemos um trabalho voluntário e saímos no prejuízo”, lamenta Leleco, citando que as máquinas eram da empresa que está realizando as obras e que terá que ser indenizada pelo prejuízo. “Quem sai perdendo são os atletas”, completa, alertando que o clube terá de deixar de investir em outras melhorias para aplicar em mais segurança. “Vamos fechar com muro e de imediato instalar câmeras de vigilância”, diz.
