Defender a saúde, proteger a economia

Criou-se uma situação em que uns defendem a saúde econômica e outros a preservação da vida. É um falso dilema. Todos queremos preservar a vida e também a manutenção do equilíbrio econômico, sendo que é possível fazer as duas coisas ao mesmo tempo, se tivermos diálogo, criatividade e capacidade de gestão.

Infelizmente a epidemia já encontrou a economia em crise e o poder público despreparado para seu enfrentamento: sem diagnóstico, estrutura ou planejamento. De positivo, dois hospitais para atendimento aos doentes, o que ameniza a situação, mas não dá conta da assistência social, da proteção da economia e geração de renda.

Defendemos medidas como, por exemplo, a suspensão das aulas presencias. Também o atendimento a todas as recomendações e protocolos de prevenção orientados pela OMS e comunidade científica. Queremos manutenção das campanhas pelo isolamento e a vigilância devido à possibilidade de novas ondas de Covid-19.

Na economia, a intervenção do poder público é necessária: planejamento, articulação e diálogo com entidades do setor produtivo e o meio acadêmico. Aliar a isto, o protagonismo dos conselhos municipais na criação de instrumentos e no fortalecimento da cadeia produtiva local.

Iniciativas que facilitem e incentivem a compra da produção local, articulem parcerias para compra direta dos produtores e suporte para comércio digital. Poder-se-ia, por exemplo, criar aplicativos para compra virtual em plataformas que conectassem os empreendimentos locais com os cidadãos que buscam produtos ou serviços.
Também necessários o fomento a programas de reciclagem de mão-de-obra e a iniciativas de economia solidária durante e no pós-pandemia.

Parcerias podem criar uma agência de desenvolvimento a fim de apoiar e treinar prestadores de serviços e comerciantes quando da reabertura gradativa das atividades econômicas. Sempre observando protocolos de segurança.
Por fim, vale lembrar que olhar o isolamento sem pensar na economia é garantia de bem-estar somente para quem tem como ficar isolado.

Queremos saúde e bem-estar para todos.

Ricardo Agádio

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