Desde que começaram a anunciar as atrações da Festa dos 150 anos, choveram críticas à Administração Municipal. Algumas relacionam o alto investimento na contratação dos artistas à falta de recursos para as reformas necessárias nas escolas. Outros questionam o tipo de evento, somente com atrações, bebidas e comidas.
A verdade é que as necessidades são muitas e demandam muito mais recursos do que estes. Por isso, a comemoração do aniversário de Montenegro é justa e pertinente. As críticas positivas devem sempre ser bem vindas, porque ajudam a construir um futuro melhor. É preciso, entretanto, considerar que uma data como esta merece uma festa para todos, sem distinção de qualquer espécie. E a gratuidade para ver shows nacionais demonstra que a intenção é justamente essa.
Mais do que festejar os 150 anos, vamos comemorar as vitórias, que não foram poucas; as conquistas, o crescimento, a diversidade cultural e social, que tornou a nossa cidade destaque em vários quesitos. Somos hoje a “menina dos olhos” dos gestores empresariais simplesmente pelo fato que a nossa localização é única, próxima de todos os grandes centros comercias e industriais. Nenhum outro município oferece uma logística tão ampla.
Há, ainda, o momento importante que Montenegro vive com índices positivos em praticamente todos os setores. Somos destaque na região em geração de empregos e a 21ª em arrecadação.
Por que, então, não celebrar esta data tão importante? Uma festa que vai marcar Montenegro no mapa estadual, que vai gerar associações positivas em relação a nossa cidade e também para a autoestima dos montenegrinos.
Vamos assistir aos shows e comemorar. Este é o propósito. Afinal, estamos vivendo uma data única da nossa cidade. Muitos de nós não estarão por aqui daqui a 50 anos.
_________________________________________
Chegando a vez da Vendinha
Um pedido de informação feito pelo vereador Paulo Azeredo (PDT) sobre a previsão da execução do asfaltamento da estrada que liga Montenegro à Vendinha acabou trazendo manifestações de outros vereadores sobre o projeto.
Sérgio Souza (PSB) e Juarez Vieira da Silva (PTB), que reivindicam esta melhoria há mais tempo, demonstraram otimismo de que sai este ano.
O projeto está em fase final de conclusão e, segundo o vereador Sérgio Souza, o prefeito Gustavo Zanatta prometeu asfaltar neste ano 3 km.
A estrada do Passo da Amora, que liga a ERS-124 à BR-386, tem um total de 9,4 km. Em 2 de outubro de 2021, o prefeito Zanatta esteve reunido com moradores para tratar desta demanda, que é aguardada há ao menos três décadas. Na oportunidade, prometeu que faria uma parte na sua administração.
Mas, parece que é justamente na etapa do projeto e da licitação que tranca, pois, segundo a própria administração, são muitos projetos em elaboração e o corpo técnico não dá conta. Recurso não parece ser problema.
_________________________________________
Novas divisas
Na última quinta, na Câmara Municipal de Vereadores, foi aprovado o Projeto de Lei que dispõe sobre as divisas de Montenegro e Triunfo.
Depois de idas e vindas e de muita polêmica por parte do vereador Paulo Azeredo (PDT) o assunto chegou a um final feliz.
A Geógrafa Aline Rosa foi a técnica responsável pela elaboração dos mapas e pelo projeto de Lei. Ela disse, em entrevista ao Estúdio Ibiá, que redigiu também o Projeto de Lei para Triunfo, mudando apenas o nome da prefeitura e do prefeito. Isso garante que a Lei levada ao Governo do Estado é de consenso entre os dois municípios e mostra que a divisa atual, estabelecida pelo IBGE, é muito diferente da histórica. A Prefeitura Municipal de Triunfo não tem nenhum especialista na área.
_________________________________________
Fios soltos
O vereador Gustavo Oliveira (PP) propôs e aprovou a Lei n.º 6.810/2021, de 30 de agosto de 2021, que dispõe sobre o alinhamento e retirada de fios em desuso e desordenados existentes nos postes de luz do município de Montenegro.
Passados 20 meses da aprovação da lei, nenhum efeito prático aconteceu.
No dia 14 de abril, no Jornal Ibiá, o vereador divulgou que será feito um mutirão no mês de maio. “A ação contará com a presença das empresas que utilizam a rede elétrica, a RGE e a Prefeitura Municipal.”
_________________________________________
Fiscalizar e não executar
A lei estabelece dois anos para o seu efetivo cumprimento. O vereador vem lançando mão de todos os recursos possíveis para fazer cumprir a lei. Pelo divulgado pelo próprio edil, a Prefeitura vai ajudar neste mutirão. O que em tese é ilegal, pois a responsabilidade é da empresa concessionária ou permissionária de energia elétrica que deve notificar as demais empresas, estando sujeita a multa, bem como a empresa que utiliza os postes.
Está claro que a Prefeitura não pode dispor de recursos para realizar atividades que são de responsabilidade de uma empresa privada.
_________________________________________
Fios subterrâneos
Na semana passada, Gustavo Oliveira esteve com o também progressista, vereador Cassiá Carpes, para conhecer a lei que estabelece que a fiação de energia elétrica, de telefonia, internet e outros cabeamentos devem ser subterrâneos no prazo de 15 anos em Porto Alegre.
Oliveira parece obstinado em resolver esta questão, procurando alternativas para terminar com os fios espalhados pela cidade. A ideia é apresentar um projeto de lei semelhante ao que foi implantado na Capital.
_________________________________________
E o trânsito melhorou?
O vereador Valdecir de Castro, Republicanos, na sessão de 6 de abril iniciou uma forte cobrança com relação a atuação da Diretoria de Trânsito do Município. Na sessão seguinte, dia 13, foi mais além e declarou que havia pedido ajuda ao Ministério Público para buscar soluções a diversas reivindicações de intervenções de melhorias no trânsito.
Também na sessão de 13 de abril, o Republicano foi mais longe e ameaçou na semana seguinte trazer outros fatos de falta de ação ou de retorno de diretores e até de secretário, dando nome aos protagonistas.
_________________________________________
Versão “pianinho”
Chegou a esperada sessão de 20 de abril e o vereador, como se diz no jargão popular, entrou mudo e saiu calado. Não se manifestou nem na hora dos oradores, tampouco nas explicações pessoais. E as cobranças que disse que iria fazer, ficaram só na ameaça.
O que teria acontecido com toda a brabeza do vereador? Será que recebeu retorno da mensagem que tanto esperava? Os seus pedidos foram atendidos? De fato é um mistério.
Na última sessão o vereador retornou à sua versão tradicional “pianinho” e fez de conta que nada tinha prometido no passado.