No início deste mês, dez novas Práticas Integrativas e Complementares (PICS) foram incorporadas às já existentes no Sistema Único de Saúde (SUS). As PICS são tratamentos voltados à prevenção de doenças e aplicados em toda a abrangência do SUS desde 2001. Os tratamentos são sempre baseados em conhecimentos tradicionais, utilizando-se de recursos terapêuticos.
As inclusões são apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais. Com os acréscimos, o SUS passa a ofertar 29 procedimentos do tipo à população. A ciência já vem provando os benefícios do tratamento integrado entre a medicina convencional e práticas integradas. “O Brasil passa a contar com 29 práticas integrativas pelo SUS. Com isso, somos o país líder na oferta dessa modalidade na atenção básica. Essas práticas são investimento em prevenção à saúde para evitar que as pessoas fiquem doentes. Precisamos continuar caminhando em direção à promoção da saúde em vez de cuidar apenas de quem fica doente”, ressaltou o ministro Ricardo Barros em pronunciamento.
Atualmente, 88% das ofertas são na Atenção Básica, presentes em 9.530 estabelecimentos de 3.173 municípios. Dentre elas, a acupuntura é a mais difundida, com 707 mil atendimentos e 277 mil consultas individuais. O levantamento é do Ministério da Saúde.
Muitas pessoas, porém, desconhecem as Práticas Integrativas. Em Montenegro, através do SUS, ainda não há a aplicação desse tipo de tratamentos. Mas em municípios vizinhos, como Maratá, Triunfo, Barão, Salvador do Sul, Taquari, segundo divulgação do Ministério da Saúde, as práticas são ofertadas.
Para quem desconhece os recursos, a terapeuta montenegrina Nara Terezinha Fontoura, 65 anos, que há um trabalha com Constelação Familiar e Sistêmica, e Rakiram, que integram a nova lista de PICS, explica. A profissional também atua com a terapia de mesa randônica. Nara acredita que em Montenegro as pessoas estejam bem abertas a essas terapias.
Constelação Familiar e Sistêmica
Segundo Nara, a Constelação Familiar e Sistêmica, terapia energética, foi idealizada pelo alemão Bert Hellinger, atualmente com 92 anos, terapeuta e filósofo. “Através da observação da própria vida e baseado em outros estudos, ele formulou três leis básicas para regê-la. São elas: a Lei do Pertencimento, que afirma que ninguém pode ser excluído de um sistema, como o familiar; Lei do Dar e Receber, onde é preciso equilíbrio entre os dois atos e a Lei da Hierarquia, em que é preciso uma ordem para que a vida flua positivamente”, conta.Bert estudou padrões de comportamentos que se repetem nos grupos familiares por diversas gerações.
Esses comportamentos, segundo o estudo, influenciam na energia das pessoas. A Constelação Familiar atua desfazendo esses emaranhamentos passados (que podem ser caracterizados como problemas de vida atuais, entre eles de relacionamentos amorosos, de saúde, no trabalho). “É uma terapia breve, de atendimento individual, em um ou dois encontros. A pessoa vem como um tema, que pode ser de relacionamento com a mãe, por exemplo. E eu trabalho com a técnica que utiliza a mesa e representação do coletivo familiar em bonecos”, relata Nara.
Quem dispõe o posicionamento dos bonecos na mesa, de acordo Nara, é a pessoa que busca a terapia, guiada muitas vezes por imagens do próprio inconsciente. A forma de representação na mesa é como o cliente sente as relações entre tais membros da família. “Aproximadamente 90% dos nossos processos são inconscientes. Na consulta, a pessoa coloca o dedo em cima do bonequinho, fecha os olhos, e a energia faz com o que o boneco ande movido pelo campo quântico”, explica.
Em uma sessão, no máximo duas, no fim da Constelação, Nara afirma que a imagem inicial, que caracterizava o emaranhamento, já é alterada. O terapeuta, neste processo, ajuda a conduzir, quando possível, os representantes até uma imagem de solução. “Atualmente, das terapias que eu faço, essa é uma das com maiores procuras. A Constelação Familiar já está chegando em outros âmbitos, como nas escolas e até no juduciário”, conta.
Rakiram e imposições de mãos
O campo de energia humana já é estudado há milênios. E para reenergizar o campo energético de uma pessoa, a terapia através do Rakiram é utilizada. No tratamento, a pessoa deita em uma maca, e através da técnica imposição de mãos o terapeuta dá continuidade à sessão. A imposição de mãos também é uma das recentes Práticas Integrativas e Complementares anunciadas para o SUS. “Na terapia do Rakiram, trabalhamos com os chakras. Chakras são centros de energia conectados com o corpo e cada um deles tem uma relação com algum órgão. Ao total, são dez sessões, em que se trabalha harmonização, as emoções, o alinhamento do hara, chakra esse pouco abaixo do umbigo. Quando o alinha, é como se ligasse a tua origem estelar com a Terra”,comenta.
Culpa, medo, subconsciente, parte feminina e masculina também são trabalhadas nas sessões. “O Rakiram tem uma resposta muito boa para a doença física. Não é uma coisa que você vá chegar e dizer para o paciente abandonar o tratamento médico. Não é isso. E não é mágica também. Ela integra, não substitui. Traz resultados muito bons, mas é uma postura de vida também”, relata Nara.
Ela explica que ao trabalhar os chakras, ligados aos órgãos, a energia da pessoa é consequentemente elevada. “Uma doença é um desajuste. Por causa até ancestral ou pela alimentação, hábitos de vida. Quando tu te alinha, a tendência é a energia é fluir”, conclui.
Mesa Radiônica
Nara ainda trabalha com terapia da Mesa Randônica, contudo essa prática não foi inclusa no SUS. Mesa Radiônica trabalha com limpeza fluídica através de elohins –mestres elevados. “Ela eleva a frequência, vibração das pessoas, de modo que possam receber melhor o que vem da espiritualidade maior. Às vezes a pessoa pode ter uma dificuldade e fica tão focada nela, que tu não consegue vibrar de outra forma”, conta.