A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul divulgou novo balanço dos casos de gripe no Estado. Os dados apontam crescimentos em ocorrências de gripe pelo vírus Influenza, popularmente chamado de Gripe A, e também nos óbitos causados pela doença. O total de notificações alcança 1.896 casos que passaram por análise. Foram 302 casos confirmados, sendo 176 de Influenza A (H1N1), 75 por Influenza A (H3N2), 23 Influenza A não subtipado e 28 por Influenza B. O número de óbitos já alcança 32 casos. O Vale do Caí registrou dois casos de gripe por Influenza, na Feliz e em São Vendelino, nenhum deles com óbito como desfecho.
Os números consideram registros até a semana epidemiológica 29, ou seja, até o dia 21 de julho. Chama a atenção o avanço dos casos nos últimos sete dias. Até a semana epidemiologia 28, que considera os casos registrados até 14 de julho, eram 24 óbitos. Até o momento, os casos confirmados de influenza ocorreram em 74 municípios. A Região Metropolitana aparece com a maior ocorrência, tendo os municípios de Porto Alegre, Canoas, Alvorada e Gravataí com 41,1% dos casos positivos para Influenza, porém, nenhum óbito foi registrado em Alvorada ou Gravataí.
Dos 32 óbitos, cinco são de moradores de Porto Alegre, quatro em Caxias do Sul e três em Canoas. Já Canela e Tramandaí tiveram duas mortes cada. Os municípios de Antônio Prado, Balneário Pinhal, Cachoeira do Sul, Charqueadas, Flores da Cunha, Lajeado, Novo Hamburgo, Parobé, Passo Fundo, Roca Sales, São Leopoldo, São Marcos, Sapiranga, Tupanciretã e Vera Cruz registraram uma morte cada. O número de casos que cada um desses municípios registrou você confere na tabela ao lado.
Os casos de influenza ocorreram em todas as faixas etárias, com predomínio nos menores de 10 anos e maiores de 50 anos. A faixa etária que teve um maior acréscimo de casos confirmados como gripe A em relação à semana epidemiológica anterior foram os de maiores de 60 anos, com aumento de 30%. A cobertura vacinal do estado para esta faixa etária foi de 93,5%, de acordo com o sistema de informação de imunização.
Dos 302 casos confirmados de Influenza no Estado, apenas 46 pessoas relataram ter recebido a vacina em 2018. No entanto, destes, apenas 32 podem ser considerados vacinados contra Influenza por terem recebido a dose de vacina em um período maior que 15 dias do início dos sintomas da doença. Em relação aos óbitos, 68,8% apresentavam pelo menos um fator de risco. Dos casos em que ocorreu óbito do paciente, somente três são considerados vacinados em 2018, pois receberam a vacina antes do início dos sintomas.
Evite contaminação e previna-se
A campanha de vacinação contra o vírus Influenza já terminou e não há mais doses disponíveis na rede pública. Na rede privada, em alguns locais, ainda é possível encontrar imunizações. Além da vacina, uma boa forma de se proteger é manter-se o mais distante possível de contaminação. Manter as mãos limpas, higienizá-las com frequência e utilizar álcool gel é uma ótima medida, considerando que o ser humano tem por hábito levar as mãos ao rosto, em média, uma vez a cada cinco minutos. Assim, as bactérias chegam à boca e olhos, por exemplo. Num aperto de mão, ao escrever com lápis ou caneta, quando pega o celular. Qualquer um desses atos cotidianos faz com que ninguém saiba ao certo quais ou quantas bactérias carrega.
A orientação médica é evitar levar as mãos à boca ao tossir ou espirrar. Utilize lenços de papel – jamais os de tecido – e descarte após o uso. Em último caso, encoste o rosto ao cotovelo, assim você não sai espalhando bactérias por onde toca.
Além disso, recomenda-se não partilhar objetos de uso pessoal nem alimentos, evitar aperto de mãos, abraços e beijo social. O ideal é também evitar ambientes com aglomeração. Outra recomendação é manter distância de no mínimo um metro de indivíduos com sintomas gripais e ventilar os ambientes. Em locais fechados, mesmo nos dias mais frios, é importante deixar uma janela aberta para que o ar seja renovado. Locais fechados facilitam que uma pessoa infectada, apenas pela respiração, transmita o vírus aos demais.