Pombos são uma praga urbana e causam doenças respiratórias

Eles parecem bonitinhos e simpáticos. Aproximar-se e oferecer comida é a escolha de muita gente. Mas essa proximidade com os pombos não faz bem para a saúde e nem para a limpeza dos ambientes. A médica veterinária Ana Paula Araújo, que atua da Vigilância Sanitária de Montenegro, explica que o pombo é um animal dócil, que tende a ir se aproximando do ser humano. “Eles são considerados uma praga urbana, mas contam com proteção ambiental. Existe um manejo correto para afastá-los depois que já se instalaram”, destaca Ana Paula. Tenta-se controlar utilizando repelentes, instrumentos fixos como telas e fechando as aberturas onde o animal possa se abrigar.

A médica veterinária explica, ainda, o que atrai esses animais. “Devemos sempre procurar eliminar os ‘quatros As’ que colaboram com populações indesejadas como essa: Alimento, Água, Abrigo e Acesso”, explica. A vigilância sanitária atende denúncias referentes a pombos com o objetivo de orientar a pessoa no que se refere a pontos de acesso para a entrada dos animais nas estruturas, fontes de alimentos e maneira adequada de realizar a limpeza das fezes. Silvana Schons, Chefe da Vigilância Sanitária de Montenegro, destaca, porém, que o setor não faz a remoção ou aplica repelentes. “Isto deve ser realizado por empresa especializada e funcionários treinados”, diz Silvana. A vigilância sanitária coloca-se à disposição para esclarecimentos mais detalhados sobre as informações acima através do telefone: 3632113.

O pombo é causador de problemas respiratórios como a histoplasmose e criptococose – doenças veiculadas por fungos presentes nas fezes envelhecidas do animal. Quem tem a “visita indesejada” em casa alguns cuidados com a limpeza são necessários. Os dejetos dos pombos não devem ser feitos de forma seca, ou seja, não é indicado varrer. Recomenda-se utilizar água sanitária. “É importante nunca varrer ou realizar limpeza por via seca, evitando assim inspirar os organismos que ficariam suspensos no ar”, orienta Silvana Schons.

No momento da limpeza, utilize equipamentos de segurança como máscaras, luvas, macacão, botas de borracha e capacetes. Embora os pombos possam veicular doenças nos humanos, até o momento, não foram registrados casos no município.

Ana Paula Araújo e Silvana Schons atuam na Vigilância Sanitária de Montenegro

Na Escola José Pedro Steigleder, problema será resolvido
A comunidade da Escola Municipal Ensino Fundamental José Pedro Steigleder vivencia há algum tempo problemas com a grande quantidade de pombos. Um edital lançado para contratação de empresa especializada no expurgo de pombos promete resolver a situação em breve, provavelmente no período de recesso das aulas.

Silvana Schons explica que a Vigilância recebia reclamações da situação, que já dura cerca de um ano. Os animais deixam sujeira no refeitório e na área de recreação. “Foram tomadas medidas para tentar afastar os animais como não alimentar e não deixar se aproximar. Tivemos reuniões com a escola e com os pais. Porque o animal é dócil e vai se acostumando com as pessoas”, explica Silvana, que destaca, ainda, que os servidores da escola receberam informações sobre a forma correta de fazer a higienização.

Mas as ações não geraram efeito e se fez necessária a contratação de uma empresa para realizar o manejo correto dos animais. “A vigilância não operacionaliza esse trabalho, mas estará presente no dia, acompanhando”, diz a Chefe do setor. Ela salienta, ainda, que, nesses casos, há um conflito de competências. “Nós sempre vamos pensar nas pessoas, mas há a questão ambiental. Por isso temos que pensar também numa ação em conjunto com o Meio Ambiente, educando as pessoas para não alimentar e assim atrair esses animais. Às vezes você não oferece comida, mas o vizinho sim e no seu telhado o animal encontra abrigo. Então ele tem ali o que precisa. Para resolver esse problema temos que todos colaborar”, finaliza Silvana.

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