A notícia do surto de febre amarela na região sudeste do país vem preocupando os brasileiros. Assim como os moradores de outros estados, os gaúchos têm procurado os postos de saúde no intuito de se imunizar contra a doença, o que é positivo. Porém, as autoridades médicas alertam de que não é necessária uma corrida às unidades de saúde já que há quase uma década o Rio Grande do Sul não apresenta casos confirmados da doença.
Ainda assim, a Secretaria Estadual de Saúde anunciou uma mudança nas orientações para imunização e agora 34 municípios que antes não tinham indicação de vacinação devem ter a população imunizada. A maior parte dessas cidades consideradas de risco fica na região litorânea. Pelotas, Rio Grande, Tramandaí e Osório estão entre elas.
Toda a população do Estado, salvo questões específicas – como gestantes e lactantes, idosos, transplantados e portadores de HIV, que devem buscar orientação com seus médicos – deve ser imunizada. Porém, 70% da população gaúcha já está protegida. Segundo o secretário de saúde gaúcho João Gabbardo dos Reis, há doses da vacina na quantia necessária. “Ninguém precisa sair correndo para se vacinar”, garante. A doença tem maior número de registros entre dezembro e maio, sobretudo em regiões silvestres, rurais ou de mata.
Outro fator importante é que a vacina disponibilizada no RS não é a versão fracionada, que será utilizada na campanha realizada em São Paulo. Isso significa que a dose oferecida aos gaúchos é maior, mais forte, sendo de aplicação única. Quem já a recebeu em anos anteriores não precisa de reforço e quem a fizer agora estará imunizado por toda a vida. A versão fracionada precisa de reforço.
Quem for viajar deve ter atenção
É orientado para quem planeja viajar aos estados da região sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) e para a Bahia, no nordeste, vacinar-se com 10 dias de antecedência, caso nunca tenha sido imunizado antes. A orientação é ainda mais importante para quem pretende ir para Rio de Janeiro e São Paulo, locais nos quais o surto é grave.
Em São Paulo, de 3 a 24 de fevereiro, ocorrerá uma campanha especial de vacinação, na qual será usada a dose fracionada da vacina – e assim imunizar temporariamente mais pessoas – em 6,3 milhões de moradores de 52 municípios. A dose fracionada tem 0,1 ml, enquanto que a convencional tem 0,5 ml, e garante a imunização por oito anos. De janeiro de 2017 até agora São Paulo teve 13 óbitos por febre amarela e, nesse Verão, cresceu a incidência da doença.