O Ministério da Saúde divulgou essa semana os dados preliminares do Estudo Epidemiológico sobre a Prevalência Nacional de Infecção pelo HPV. Do total de pessoas que participaram (7.586 entrevistas), 2.669 foram analisadas para tipagem de HPV. Das pessoas testadas, a prevalência estimada de HPV foi de 54,6%, sendo que 38,4% destes participantes apresentaram HPV de alto risco para desenvolvimento de câncer. Os dados da capital gaúcha alcançam 51% de prevalência de HPV.
A pesquisa faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde. Segundo a diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, a importância desse tipo de estudo é o conhecimento que oferece. “Até então, não havia estudos de prevalência nacional do HPV que possam medir o impacto da vacina no futuro. O sucesso da vacinação deve ser monitorado, não somente em termos de cobertura, mas principalmente em termos de efetividade na redução da infecção pelo HPV.”
O estudo indica que 16,1% dos jovens têm uma infecção sexualmente transmissível prévia ou apresentaram resultado positivo no teste rápido para HIV ou sífilis. Os dados finais serão disponibilizados no relatório a ser apresentado ao Ministério da Saúde em abril de 2018. O trabalho identificou, ainda, os fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e regionais associados à ocorrência do HPV em mulheres e homens entre 16 e 25 anos de idade, usuários do SUS nas 27 capitais brasileiras.