Atire a primeira pedra quem nunca se viu no balcão da farmácia, com a receita em mãos, sem saber como responder ao atendente se deseja o medicamento “de marca” ou o genérico. Há quase duas décadas os medicamentos genéricos surgiram no Brasil, trazendo uma nova opção ao consumidor. A diferença entre os medicamentos ainda gera, porém, algumas dúvidas. Existem, ainda, os remédios similares, diferentes dos dois anteriores. Esclarecemos a questão com base no que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indica.
Quando surge um novo medicamento, cuja fórmula foi desenvolvida por um laboratório, que investiu em pesquisas e testes, ao ele ser registrado no País e chegar ao mercado, é chamado de medicamento de “referência”. Sua eficácia, segurança e qualidade são comprovados cientificamente antes da Anvisa liberar sua comercialização. O laboratório que o desenvolveu tem exclusividade sobre a comercialização da fórmula durante o período de patente.
Quando esse tempo se encerra, a fórmula é aberta, e o medicamento pode ser produzido por outro laboratório. Então pode ser comercializado como um genérico, medicamento idêntico, porém, sem um nome comercial. O medicamento genérico contém o mesmo princípio ativo, dose, forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência no país. O preço do medicamento genérico é, em média, 35% menor.
Já os chamados medicamentos “similares” são aqueles que contêm o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresentam mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, mas podem diferir em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo. Eles também são considerados uma “cópia” do remédio referência, mas, ao contrário dos genéricos, os medicamentos similares devem sempre ser identificados por nome comercial ou marca.
