Energéticos + energia e risco à saúde

Sair de casa muito cedo e retornar tarde após uma rotina agitada e, muitas vezes, sem a alimentação adequada. Parece que falta energia. No meio do dia, para “dar um gás” e aguentar o ritmo, alguns optam por beber um energético. O objetivo – um pico de energia no organismo – pode ser alcançado já que essa bebida estimula o metabolismo, enfraquecendo a sensação de sono e cansaço. Isso não significa que sua ingestão seja indicada. O organismo “paga” em saúde por essa cota extra de energia oferecida de forma artificial. A ingestão frequente é contraindicada para qualquer pessoa e, em alguns casos, até o consumo esporádico oferece risco.

Existem diferentes marcas no mercado, com formulações distintas. Porém, em geral, elas contêm muito açúcar, cafeína e taurina. Bebidas muito açucaradas – mesmo as que não são vendidas como energéticas – causam um pico de insulina e agitação no consumidor. A cafeína é um estimulante já amplamente estudado. Ele age no sistema nervoso central, inibe o sono e deixa o indivíduo em estado de alerta. A taurina é um aminoácido sintetizado principalmente no fígado e cérebro. Ele atenua a fadiga muscular.

Uma latinha de 500 ml pode ter até 54 gramas de adoçante. Isso é mais que toda a recomendação diária pela Organização Mundial da Saúde.

Estudos já demonstraram que o consumo de energéticos causa aumento na força de contração do músculo cardíaco uma hora após a ingestão da bebida. Isso pode, dependendo do caso, até ser positivo. Porém, para quem tem problemas cardíacos, é arriscado.

Levantamento feito pela American Beverage Association, nos Estados Unidos, apontou que a ingestão desse tipo de bebida pode causar aumento de pressão sanguínea, aceleração nos batimentos cardíacos e desmaios repentinos. Centenas de pessoas foram levadas ao pronto socorro nos Estados Unidos devido ao exagero no uso de energéticos no período do estudo.

Ainda mais grave é quando se mistura energético com bebida alcoólica. A combinação pode causar três vezes mais embriaguez se comparado com consumo apenas do álcool.

Existe relação entre alcoolismo e a bebida energética, mesmo que a segunda não contenha álcool. Estudo da Universidade de Maryland, também americana, relacionou o consumo da bebida energética como um gatilho para desenvolver o alcoolismo.

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