Trabalhadores das áreas da Saúde, Educação, Assistência Social, movimentos sociais, direitos humanos, universidades e defensorias públicas participaram do Seminário #RSZero Discriminação e os múltiplos olhares para a equidade. O objetivo do evento foi abordar o estigma, a discriminação, direitos legais, humanos e sociais relacionados ao tema. Além disso, também foram discutidas as barreiras ligadas ao gênero e que tornam as pessoas vulneráveis ao HIV e impedem o acesso aos serviços de prevenção, tratamento e cuidados de saúde.
O Seminário foi promovido pela Seção Estadual de Controle de IST/Aids da Secretaria Estadual da Saúde. A atividade integra a programação alusiva ao Dezembro Vermelho, definido em 2017 como o mês de mobilização com o intuito de convocar ações de prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHIV).
Na atividade, realizada na última quarta-feira, 12, foram apresentados dados que apontam redução progressiva nos últimos dez anos da taxa de detecção de Aids no Rio Grande do Sul, passando de 46,1 novos casos por 100 mil habitantes em 2007 para 29,4 em 2017, o que representa queda de 36,2%. Os números foram divulgados pelo Ministério da Saúde (MS) no final de novembro deste ano. O diretor do Departamento de Ações em Saúde, Elson Farias, representando o secretário estadual da Saúde, Francisco Paz, reforçou o compromisso de enfrentar a epidemia, já que o RS apresenta uma taxa superior à do Brasil (18,3 casos/100 mil habitantes), sendo a terceira mais elevada do país (1º Roraima com 36,8 e 2º Amapá com 29,8 casos/100 mil habitantes).
“O enfrentamento destes desafios passa pela definição de políticas e ações que atendam as necessidades de saúde da população por meio de projetos eficazes e que contribuam para zero discriminação. O debate de hoje é importante para avaliarmos o momento atual e definirmos, quando necessário, novos rumos”, destacou.
O representante do Ministério da Saúde, o diretor adjunto do departamento HIV/Aids, Gerson Pereira, salientou a relevância de analisar dados e informações sobre a epidemia no Estado. “Desta forma é possível direcionar as ações no sentido de melhorarmos indicadores a partir das especificidades da epidemia”.
Durante o seminário foram abordados temas como aspectos da epidemia no RS, direito à saúde das populações-chave e vulneráveis aos serviços de saúde, estigma, discriminação e violência contra estas populações e educação permanente. Os participantes também podem visitar a exposição “Para além dos Muros”, no saguão da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).