Correta higiene das mãos evita em 80% infecções em instituições de saúde

Se todos os profissionais da saúde realizassem a higiene de mãos de forma correta o risco de infecções em hospitais, clínicas e intuições semelhantes diminuiriam em cerca de 80%, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Entre os problemas evitáveis mais comuns estão as infecções urinária, respiratória e de sítio cirúrgico. Também há a infecção na corrente sanguínea, a mais letal, mas de ocorrência mais rara.
Além dos reflexos na saúde dos pacientes, há impactos financeiros. Em média, quem é acometido pelo problema, sem levar em conta a gravidade do caso e o tipo de germe causador, aumenta o tempo de internação em seis dias. Essa questão afeta ainda mais uma instituição que atende 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como o Hospital Montenegro. “Isso é um dado importante. Gera custo. Quanto mais cedo liberamos o leito, outro vai poder ser internado, e mais gente conseguimos ajudar”, comenta infectologista da instituição, Antônio Rosa.

No Hospital Montenegro, há dispensadores de álcool gel em todos os setores

O aumento do gasto, frisa o profissional, não é arcado pelo governo federal. “Tenho um custo que é da instituição. O SUS não paga isso. O SUS paga o procedimento, o tratamento do indivíduo para aquela questão (motivo pelo qual foi internado)”, comenta Antônio.

No HM, há acompanhamento e levantamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) a meta é manter uma taxa de 70% da higienização de mãos pelos profissionais. Nos últimos meses, o índice ultrapassa os 80%. Ainda assim, a adesão é uma dificuldade, principalmente entre a classe médica.

Visando melhorar os números, o Controle de Infecção realiza campanhas de conscientização frequentemente. Também estão distribuídos em todos os setores da instituição cerca de 240 dispensadores de álcool gel. O produto é mais prático de ser usado. Os profissionais podem usar o dispositivo e saírem esfregando as mãos, além disso, é considerado mais eficiente, pois desidrata o germe. “O álcool é mais prático, está disponível, não precisa enxágue, evapora das mãos. Se colocar o álcool na mão e esfregar corretamente está lavando as mãos. E hoje temos álcool disponível na instituição inteira”, sublinha Antônio. Há, ainda, pias onde a higiene pode ser feita com sabão.

Equipe do Controle de Infecção da instituição trata assunto como prioridade

Outra ação realizada é a capacitação dos colaboradores ministrada por especialistas de fora da instituição. Isso atrai mais a atenção do público, de acordo com o infectologista do HM. Houve uma capacitação no dia 8 de maio, com a Delfar Produtos Médicos, fornecedora álcool gel e sabão para higiene de mãos no HM.

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