Comida de criança? A natural, sempre

É tempo de piqueniques fora de casa, mais passeios com as crianças e muita diversão. Isso é ótimo porque tira os pequenos de casa e os coloca em movimento. Mas e na hora do lanche? Se a opção mais comum são refrigerante e cachorro-quente é melhor repensar. Apesar de, em geral, as crianças – e vários adultos – adorarem esse lanche, ele é uma péssima opção.

Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, os EUA, comprovou que crianças que comem 12 ou mais cachorros-quentes por mês têm nove vezes mais risco de desenvolver leucemia. O mesmo impacto também foi observado nas gestantes que consomem o embutido em excesso. Grávidas que consomem regularmente cachorros-quentes têm o dobro do risco de o bebê desenvolver tumores cerebrais.

A nutricionista Cintia Eliana Rohr concorda que a salsicha não deve ser consumido por crianças, pois é um produto ultraprocessado, com muitos aditivos – como nitritos e nitratos – que podem causar sérias consequências, entre elas a leucemia, comprovada pelo estudo da Universidade da Califórnia. “Além de ser feito de partes de frango não nobres, é acrescentado temperos artificiais e muito sódio, que pode elevar a pressão arterial, além de reter líquidos e trazer problemas renais”, destaca Cintia.

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Nutricionista Cintia Eliana Rohr. Crédito: Banco de imagens

Como lanches recomendados nessa época em que o calor começa a ser mais intenso, Cintia recomenda sorvetes naturais, feitos da própria fruta. “Pois não contêm todos aqueles aditivos e corantes dos sorvetes muito artificiais”, explica. Uma sugestão é fazer picolés caseiros, congelando e triturando frutas. Além disso, ela destaca opções como iogurtes com frutas picadas e também os do tipo grego. “Evite bebida láctea, que além de ter muita água, conta com nutrientes muito reduzidos”, enfatiza a especialista.

A pipoca é considerada também um lanche saudável. Mas cuidado com os temperos. “Pipoca pode ser consumida eventualmente, com pouco sal ou açúcar. O excesso de açúcar diminui a imunidade da criança e assim ela fica propensa a doenças”, explica Cintia. Ótima opção como lanche são as frutas in natura ou a salada de frutas com granola.

Nada de refrigerante
Nesse caso o ideal é nem mesmo o “só hoje”, muito menos deixar virar um hábito. Evite refrigerantes, pois não contêm nenhum teor de nutrientes, somente calorias e açúcar, que podem aumentar o peso e provocar diabetes, hoje muito comum também em crianças. Suco de uva integral – contém resveratrol, que é um remédio natural para o coração servindo como proteção – é uma oferta gostosa e nutritiva.

O risco dos alimentos muito processados
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as carnes processadas, como bacon, salsicha e linguiça, têm relevante papel no aumento de casos de câncer, especialmente aqueles da região colorretal pelo mundo. Esse tipo de alimento integra o grupo chamado “carcinogênicas do grupo 1”, o que coloca as carnes processadas no mesmo nível que tabaco quanto à incidência de câncer. Para a OMS, duas fatias de bacon por dia representam 18% mais chances de desenvolver câncer no intestino, estômago e reto.

Isso não afeta as carnes in natura, apesar das carnes vermelhas não processadas, principalmente aqueles cortes com grande quantidade de gordura, também serem considerados de risco. Carnes brancas – de frango ou peixe – são consideradas muito saudáveis. Porém, há uma preocupação OMS em não condenar o consumo de carne vermelha fresca. Isso porque ela é fonte de proteínas, ferro e vitaminas. Vale destacar que existem outras fontes de proteína como arroz, feijão, grão-de-bico e ovo, que ajudam a manter uma alimentação saudável e equilibrada sem o consumo da carne. A não ingestão, porém, deve ser acompanhada por um nutricionista para que ele indique as melhores reposições.

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