Campanha incentiva o aleitamento materno

Quantos alimentos você conhece que estão sempre na temperatura correta e com a composição adequada de nutrientes? E quais são produzidos de forma individual, com sabor e composição únicas? Apenas o leite materno. É por isso que o aleitamento não pode ser substituído na vida da criança por nada, nem mesmo pela melhor fórmula láctea produzida pela indústria. Essas nunca chegarão ao que a mãe consegue oferecer ao seu bebê. Através da amamentação, se previne doenças e estimula os laços afetivos. Por tudo isso, de 1º até 7 de agosto ocorre a Semana Mundial da Amamentação.

Com o slogan “Amamentação é a Base da Vida”, a nova campanha de aleitamento lançada pelo Ministério da Saúde, reforça a importância do leite materno para o desenvolvimento das crianças de até dois anos e exclusivo até os seis meses de vida, orientação preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Além de reduzir em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos, a amamentação materna também reduz casos de diarreia, infecções respiratórias, hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade.

Segundo o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, é preciso incentivar a amamentação assim como a doação de leite também. “Quanto mais tempo as crianças são amamentadas, mais elas adquirem resistência às doenças. A mulher que amamenta tem benefícios para sua saúde. Peço que as mães além de amamentar, que também doem leite, que é fundamental para crianças que necessitam de leite materno”, destacou o ministro. Entre as principais dificuldades para a amamentação exclusiva, atualmente, estão o posicionamento incorreto, insegurança quanto à quantidade de leite produzido, introdução de chupetas e mamadeiras, falta de apoio da família e retorno ao trabalho. Segundo OMS e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de seis milhões de crianças são salvas a cada ano com o aumento de taxas da amamentação exclusiva até o sexto mês de vida.

Aqui no Rio Grande do Sul, a Secretaria da Saúde também proveu ações de incentivo. Na quinta-feira, 2, ocorreu a Jornada de Aleitamento Materno 2018. O evento é direcionado a profissionais da área da saúde e busca qualificar as ações de proteção, promoção e apoio à amamentação. Na abertura, o secretário da Saúde, Francisco Paz, reforçou mais uma vez o papel fundamental da amamentação. “É a garantia de proporcionar o melhor à saúde física e emocional de mãe e do bebê”, disse. “Queremos aqui discutir maneiras de continuar propagando essa ideia”, observou.

Após dificuldades iniciais, Daniel mamou no peito até os 2 anos e 10 meses. Foto: arquivo pessoal

Nosso filho nasceu duas vezes
Uma no dia 11 de junho de 2015, quando vimos os lindos olhos azuis do Daniel. A outra, quase tão emocionante quanto a primeira, veio uma semana depois, quando o guri passou a mamar.

Ansioso como o pai dele, o Dani veio sem avisar, um mês antes do previsto. Com saúde e cheio de cabelo, graças a Deus, mas pequeno: com 2,665 kg e 45 cm. Não sabemos se por falta de força ou preguiça, mas ele não conseguia “fazer a pega”. Como normalmente ocorre, o piá perdeu peso antes de sair da maternidade. Só chegamos a ficar preocupados de verdade após a primeira consulta com o pediatra Henry Scherer: o Daniel estava ainda mais magro.
Mesmo muito apreensivos, continuamos firmes no propósito de amamentar. Não foi fácil, passamos duas madrugadas os três chorando. Acreditem é desesperador ver um filho berrando de fome. Com o auxílio essencial de uma consultora em amamentação e enfermeira especializada em neonatologia, e do nosso pediatra, montamos um verdadeiro plano de emergência. De três e três em horas, o pequeno tomava mamadeira com leite materno e fórmula. As quantidades iam aumentando gradativamente. Nos intervalos, seguimos estimulando ele a mamar no peito.

Na reconsulta, o primeiro alívio, ele já estava mais gordinho com quase 2,4 kg. Neste mesmo dia, quando chegamos em casa, o momento tão esperado. Denise sentou na cadeira carinhosamente dada de presente pela vovó Áurea e colocou o Daniel na perna como se fosse em posição de “cavalinho” e… ele mamou pela primeira vez.

As lágrimas agora eram por outro motivo. Ver todo o esforço e dedicação recompensados e, acima de tudo, ter a certeza de que os dois amores da tua vida vão ficar bem, não tem preço. O desmame foi natural, paciencioso e sem cumprir com as exigências da nossa sociedade. No tempo necessário, 2 anos e 10 meses, para o desmame fisiológico e psíquico do pequeno. Transbordando amor e dedicação entre mãe e filho.

Rodrigo Borba e Denise Garczynski, papais do Daniel

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