Asma afeta 20 milhões de brasileiros

Três pessoas morrem de asma por dia no Brasil. Apesar de muito comum, essa doença não pode ser ignorada ou tratada como algo sem risco. São mais de 100 mil internações por ano, a quarta causa mais frequente de hospitalizações no Sistema Único de Saúde (SUS). Estima-se que 20 milhões de brasileiros convivam com a doença, metade deles sem saber. Chamando atenção para esse problema de saúde pública, a primeira terça-feira de maio, que celebra o Dia Mundial da Asma, deu início ao mês para a conscientização da doença, que visa informar sobre causas e sintomas, aumentar o número de diagnósticos e oferecer tratamento adequado, com consequente ganho em qualidade de vida para os pacientes e redução do número de óbitos.

Rafael Stelmach, pneumologista
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Considerada uma doença crônica, de gravidade variável e alta prevalência, a asma é resultado da inflamação dos brônquios, que são as estruturas que levam o ar para o pulmão. Por causa do processo inflamatório, a passagem de ar é obstruída, o que acarreta em quadros de chiado no peito, falta de ar, tosse e sensação de aperto no peito. “É muito importante que o paciente conheça sua doença e seus sintomas, e divida esse conhecimento com as pessoas que convivem com ele. Dessa forma, todos ajudam a diminuir o seu sofrimento. O apoio, estímulo e incentivo da família é fundamental para a manutenção do tratamento, evitando riscos desnecessários e perdas na qualidade de vida”, explica o pneumologista Rafael Stelmach, Coordenador da Iniciativa Global Contra a Asma (Gina) no Brasil.

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A asma é uma doença hereditária e, na maioria das vezes, de ordem alérgica, ou seja, é desencadeada por substâncias causadoras de alergia ao paciente. Os mais comuns são ácaros, mofo, pelos de animais, tabaco, pólem e poluição ambiental, mas alimentos, corantes, conservantes, medicamentos e variações bruscas de temperatura também podem desencadear o problema. “Crise é a situação onde os sintomas se tornam mais fortes e agudos. Muita falta de ar e chiado, além de fortes apertos no peito caracterizam essa fase. É importante saber a gravidade da crise e entender quando se está em risco”, esclarece Stelmach.

Embora não exista cura para a asma, existem tratamentos – tanto para controle da doença, quanto para resgate de crises – que trazem qualidade de vida e permitem ao paciente manter uma rotina normal, incluindo até mesmo a prática de atividades físicas. As medicações controladoras diminuem o risco de crises de asma e seu uso correto reduz muito ou até elimina a necessidade da medicação de alívio futuramente.

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