Alta poucas horas após o parto? No Brasil não é possível

Um dos assuntos mais comentados da semana foi o parto da duquesa Kate Middleton. Ela deixou o hospital, no qual deu à luz seu terceiro filho, menos de sete horas após dar entrada em trabalho de parto. Muitos questionaram como isso seria possível uma recuperação tão rápida, considerando que aqui no Brasil a mãe não deixa o hospital sem pelo menos um dia completo de internação, às vezes mais.

Na realidade, muito mais que uma questão de saúde de Kate, trata-se de uma demanda legal. A legislação do Reino Unido prevê que, quando o parto ocorre dentro da normalidade, as mães devem receber alta seis horas após o nascimento. Já no Brasil, o tema é regido por uma portaria do Ministério da Saúde na qual a orientação é de 24hs como prazo mínimo para alta após parto vaginal sem complicações. Em caso de cesáreas, o mínimo são 48 horas.
Além disso, o Reino Unido preconiza para todas as puérperas – plebéias também – atendimento em casa por um profissional de saúde durante os primeiros 21 dias após o nascimento. Esse atendimento é comum em vários países da Europa.

Também há questões clínicas e até psicológicas, todas muito individuais. No Brasil a maior parte dos partos é realizada por cesariana, o que adia a alta hospitalar. Além disso, principalmente quando se trata do primeiro filho, muitas mães necessitam de orientações antes de ir para casa com os bebês, seja sobre a amamentação e até mesmo os cuidados básicos. Vale lembrar que nem todas as mães têm, ao chegar ao lar, o mesmo apoio que a duquesa.

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