No mês de conscientização do câncer de próstata, a campanha “Novembro Azul” chega para trazer um alerta: no Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido à doença. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que só no ano de 2018 serão 68 mil novos casos deste tipo.
O Inca aponta que a doença é a segunda mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, e o Ministério da Saúde calcula que este tipo de câncer cause a morte de 28,6% da população masculina no país. Muito comum entre homens com mais 50 anos, o câncer pode ser diagnosticado precocemente a partir das consultas periódicas com o urologista e através da realização anual de exames como o toque retal ou o PSA, denominado Antígeno Prostático Específico.
Os tumores de próstata podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos, podendo levar à morte. Contudo, a grande maioria cresce de forma lenta, não apresentando sintomas, o que faz com que os homens não busquem atendimento médico. Essa falta de cuidado pode prejudicar também o tratamento e a sobrevida. A região Sul do Brasil é a com maior incidência: são 96,85 casos para cada 100 mil habitantes. Enquanto nas outras regiões, os números são: 69,83 para cada 100 mil no Sudeste, 66,75 no Centro-Oeste, 56,17 no Nordeste e 29,41 no Norte.
O médico destaca a importância do acompanhamento dos grupos de risco, como histórico familiar, idade e raça. Para homens negros ou que tenham casos de câncer na família, o indicado é realizar os exames a partir dos 45 anos, nos outros a partir dos 50 anos. “Após um possível diagnóstico positivo, procuramos identificar qual o tipo de risco do câncer para indicar o melhor procedimento, geralmente cirurgia ou radioterapia, mas isso depende da situação de cada um”, destaca o médico.
Embora o problema revele números alarmantes, a prevenção reduz significativamente a incidência e aumenta as chances de cura em 90% dos cacos descobertos precocemente. “Esse movimento do Novembro Azul acaba sendo oportuna para uma avaliação geral da saúde do homem, ou seja, esse é o momento de trazê-lo para dentro do consultório para descobrir o que podemos contribuir para qualidade de vida desses pacientes”, acrescenta.