Páginas que se abrem para a criatividade e o conhecimento

Literatura Infantil. Abrir um livro é descobrir um mundo de possibilidades

Abrir um livro é se transportar para qualquer lugar, do mundo ou do Universo. A cada frase lida, o leitor tem a oportunidade de ser levado a um mundo de conhecimento e imaginação. Desbravar os sete mares, a Terra Média e assumir diferentes personalidades e protagonismos. Por isso, contar histórias para uma criança é tão especial. Você já fez isso ao seu filho, afilhado, sobrinho ou neto?

Abrir um livro é muitas vezes sentir-se contrariado com seu conteúdo. Mas é também passar a pensar sobre o assunto, desenvolvendo o senso crítico.
Quem com mais de 28 anos não lembra, com saudosismo, da coleção Vagalume e suas aventuras no Egito, no espaço ou da árvore que dava dinheiro? O gosto pela leitura nasce na infância. Os livros nada mais são do que instrumentos do conhecimento.

E para esse Dia da Criança, nada como descobrir novas histórias. Não faltam opções para as novas gerações. Confira!

Foto: Divulgação

Era Uma Vez…
De Italo Abrante Sampaio, as páginas do Era Uma Vez… trazem, metaforicamente, a relação entre um pássaro, uma menina e um menino. Com o passar do tempo, de acordo com Italo, essa relação vai se empobrecendo. “O pássaro se permitiu aprisionar, trocando sua liberdade e tudo mais que o fazia ser pássaro, pela falsa segurança de que não precisaria voar para longe em busca das suas frutinhas. Os meninos cresceram, foram trabalhar e esqueceram-se do que os fazia felizes Ambos se aprisionaram, acinzentaram-se, perderam-se de si”, conta.

Utilizando-se de linguagem metafórica, o conto é uma tentativa de denunciar que o adoecimento físico e mental é fruto das relações.

Minha mãe é negra sim!
De Patrícia Santana. “O livro “Minha mãe é negra sim!” conta a história do menino Eno, que se vê às voltas com o racismo na escola e sofre com o dilema de ter que retratar sua mãe negra, em uma atividade escolar. Ele é, então, levado a se perguntar sobre sua origem. Negro, percebe o preconceito da professora que sugere que pinte o desenho da mãe de amarelo por ser uma cor mais bonita. Não pode haver tristeza maior para o seu coração. A mãe, que ele tanto amava e era tão linda! E a professora era professora, afinal tão difícil era contestá-la. Mesmo triste Eno procura saber no dicionário uma explicação para o preconceito. O dicionário não ajudou e ele seguia triste até que o avô tem uma conversa decisiva com ele. E mais do que conversa, aconchegou-o com todo amor”, traz a sinopse.

Pequeno Príncipe em pop up
A história clássica de Antonie Saint-Exupéry, que fez muitos descobrirem, ainda na infância, sobre egoísmo, vaidade, solidão, mas também sobre companheirismo e amizade.

Abrir a obra é se surpreender. Com desenhos coloridos, há uma edição pop up em que, literalmente, os personagens e desenhos saltam aos olhos através das páginas.

Gibis
Os gibis da Turma da Mônica sempre trazem debates importantes como igualdade de gênero, tolerância, combate ao preconceito e ao racismo. Com preços mais acessíveis e encontrados facilmente em bancas de jornal e revista, são ótima opção de leitura. As ilustrações completam, com muita cor e criatividade, o conteúdo.

50 Brasileiras Incríveis Para Conhecer Antes de Crescer
Da jornalista e cientista política Débora Thomé. “Em tempo de super-heróis nos cinemas, 50 brasileiras incríveis para conhecer antes de crescer é um livro fantástico sobre heroínas da vida real. A obra reúne a biografia de grandes mulheres brasileiras e conta também com ilustrações belíssimas feitas por artistas mulheres. Com uma história cheia de aventuras e desafios, neste livro não faltam mulheres fortes, fabulosas e fantásticas para inspirar meninas e meninos a não desistirem de seus sonhos, independentemente das dificuldades”, traz a sinopse do livro.

Foto: Ilus. Cintia Freitas/ div. Carlos F. Leser

Esta Rua Não É Minha
Esta Rua Não é Minha, do escritor montenegrino Carlos Fernando Leser. Com 16 poemas infantis, que têm como norte o poema principal, sobre uma rua, a obra conta com as ilustrações de Cintia Freitas. “O livro fala de uma rua onde há personagens, motivos que viram poesia. Parte de uma ideia que, conforme vai sendo narrada, apresenta elementos. Quando o autor escreve, não tem dimensão do que será feito com o livro, seja pelos pais, professores ou os próprios alunos”, explica Leser.

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