A ARTE que inspira: um clássico que nunca sai de moda
Em meio a um mundo cada vez mais dominado pela tecnologia, Cássio de Oliveira, de 14 anos, morador de Capela de Santana, mostra que a Arte e o bom e velho rock and roll continuam vivos entre as novas gerações. Estudante da 8ª série do Ensino Fundamental, ele usa o tempo livre para dar asas à criatividade. Desenhar, pintar, criar bonecos com materiais alternativos e tocar instrumentos musicais fazem parte de sua rotina, sempre com um olhar atento para aperfeiçoar suas habilidades.
A inspiração vem de casa, do pai, Gilnei de Oliveira, e da irmã Ana Júlia, de 18 anos, que, desde cedo, o incentivou a explorar o universo artístico. “Minha maior inspiração é minha irmã, ela desenha muito bem”, afirma Cássio.
O menino lembra com carinho de quando começou a desenhar. Seus primeiros traços foram os famosos “bonecos de palito”, que abriram caminho para um trabalho mais detalhado com referências visuais. A cada novo esboço, ele se desafiava a reproduzir no papel com precisão o que via como modelo. Entre os desenhos, suas criações autorais ocupam lugar especial no quarto e no coração do jovem artista. “É uma sensação de prazer quando vejo que o desenho está ficando bom”, comenta Cássio.
Ele é autodidata nas artes visuais. Sombreados, traços e demais técnicas que emprega em suas criações foram buscadas por ele mesmo, por meio de pesquisas. Mas, não é só através do lápis que o garoto manifesta sua criatividade. A música também faz parte da vida dele.
Na porta de seu quarto, ele próprio pintou a imagem de sua banda favorita: The Beatles. No espaço onde dorme e cria, o som e o desenho se encontram. Cássio toca bateria e violão. A afinidade com os instrumentos o levaram, junto da irmã, a integrar a orquestra do município. Ele com sua bateria e ela, com teclado.
A mãe, Rosenei Vargas de Oliveira, ressalta que a criatividade de ambos os filhos vai além das telas e partituras. Desde pequenos, eles mostraram interesse por atividades que envolvem construção e pensamento criativo. “Acho fantástico. Os dois são muito criativos, em desenho, em arte, em construir coisas. É a criatividade não só no desenho, mas no pensamento”, diz.
Ana Júlia, que sempre gostou de desenhar, desenvolveu também um forte vínculo com a leitura e a escrita. Contudo, na hora de escolher uma profissão, a jovem seguiu pelo caminho da área da Saúde. Já Cássio planeja deixar a Arte definir seu futuro, seja no campo visual ou musical.