CineSerra ocorre de 12 até 17 de junho em Caxias do Sul
Pela oitava vez, o curta-metragem Fragmentos ao Vento: 1945, do montenegrino Ulisses da Motta, está concorrendo em um festival. Desta vez, foi selecionado para o CineSerra, que ocorre em diversas cidades da Serra Gaúcha, mas tem sede em Caxias do Sul e este ano acontece de 12 a 17 de junho. Para o cineasta, o evento é fantástico. “Muito bem organizado e com uma premiação que valoriza os profissionais do audiovisual do nosso Estado”, pontua.
O curta já foi longe. Ulisses afirma que o momento é de extrema felicidade para toda a equipe já que acabaram de voltar do Festival de Cinema de Florânia, no Rio Grande do Norte, com o prêmio de Menção Honrosa para o curta e Melhor Montagem para o editor Alfredo Barros. Sua estreia foi no último Festival de Gramado, onde também levou o Prêmio da Crítica na Mostra Gaúcha de Curtas-metragens. Logo depois, Fragmentos ao Vento estreou nos Estados Unidos no Los Angeles Brazilian Film Festival. Com cenas gravadas em Montenegro, Ulisses relembra que o curta leva as paisagens do município e também de vários outros para todo o Brasil e o exterior. Vale lembrar que o elenco traz um talento da Cidade das Artes, o ator Marcos Guarani.
Sobre a obra, o enredo se baseia em histórias familiares, ainda que com liberdades artísticas. “A protagonista, Senhorinha, é uma homenagem à minha avó paterna, uma daquelas pessoas que conseguiram sobreviver a tempos sombrios com coragem e integridade”, conta Ulisses. Para ele, há uma emoção extra em participar do festival neste ano. “É também a estreia do documentário Um grito.doc, em que eu assino a produção. Esta obra, que tem direção de Alex Racor e Freddy Paz, usa imagens de bastidores do meu primeiro filme, O Gritador, que foi lançado há 15 anos. Essas imagens são inéditas e são usadas no documentário para mostrar a paixão de uma equipe fazendo seu primeiro trabalho no cinema”, destaca.
Não para por aí
Outro trabalho de Ulisses, nomeado Medo da Chuva em Noite de Frio, está concorrendo ao Grande Prêmio Brasileiro de Cinema na categoria Melhor Curta Documentário. O filme é uma produção do Rio de Janeiro, com direção de Victor Hugo Fiuza e é um híbrido: mistura de documentário e ficcção. O cineasta explica que o prêmio é dado pela Academia Brasileira de Cinema, aos moldes de um “Oscar nacional”. “Jamais imaginei ter um filme em que eu trabalhei concorrendo nessa premiação. Faz a minha crença no cinema ficar mais forte”, finaliza.