Ernesto Lauer é o homenageado do evento e conta sobre a sua paixão pela história da cidade
Está se aproximando a data! A 19ª Feira do Livro de Montenegro e 14ª Feira do Livro do Vale do Caí irão acontecer no mês de outubro deste ano. Dois escritores da cidade, Mateus Araujo e Ernesto Lauer, foram escolhidos como patrono e homenageado, respectivamente, do evento literário que é um dos mais importantes da região.
A Feira do Livro acontece de 5 a 9 de outubro. A Prefeitura ainda não definiu o formato, mas, segundo o patrono do evento, a Feira deve ser realizada de forma híbrida. A programação também ainda não esta fechada, mas deve ter a sua parte cultural on-line e algumas atividades presenciais na Praça Rui Barbosa, especialmente a comercialização de livros.
Para falar um pouco sobre as suas trajetórias como escritores e a expectativa para mais uma edição da Feira, conversamos com Mateus Araujo e Ernesto Lauer, que contam um pouco de suas trajetórias no meio literário.
Patrono descobriu a literatura com o pai
O patrono da Feira do Livro de Montenegro deste ano, Mateus Araujo, tem uma relação antiga com a literatura. O gosto pela leitura veio por incentivo do pai, que era motorista de ônibus e leitor assíduo de autores como Sidney Sheldon e Agatha Christie, além de adorar gibi. “O exemplo dele se refletiu até no que sempre gostei de escrever: crônicas. Um retrato do cotidiano, com escrita simples e curta, para qualquer um ler”, conta Araujo.
A entrada do professor de educação física no mundo da escrita se deu após a paternidade. Mesmo já tendo escrito diversos textos que eram publicados em redes sociais, Araujo nunca havia pensado em fazer uma publicação impressa. “Quando descobri que ia ser pai comecei a publicar textos no meu Facebook. Algumas pessoas gostaram, então recebi convite para escrever no Jornal Progresso os mesmos textos. Depois recebi proposta de editora, e assim virou livro”, relata o escritor.
Atualmente o autor tem dois livros publicados: Notas de um Pai Grávido e Quase, ambos de crônicas. Além dos livros, Araujo possui algumas participações em antologias, concursos e eventos literários, além de composições em festivais e concursos musicais.
Mateus Araujo encara ter sido escolhido como o patrono da Feira do Livro deste ano uma surpresa e ao mesmo tempo sinônimo de alegria e responsabilidade. “Surpresa e alegria por ser lembrado. Responsabilidade, pois tenho a aprender e desenvolver e, como já citei, muito mais que o reconhecimento é defender uma ideia, a da importância da palavra escrita”, afirma o escritor.
Em meio a uma pandemia, os desafios para a realização do evento são enormes. Para o patrono, o evento esse ano será de transformação e adaptação. “Meu primeiro livro nasceu de postagens em redes sociais, o segundo foi lançado primeiro em e-book e durante a feira será lançado versão impressa. A literatura não muda a sua essência, mas os formatos sim. Nunca foi tão fácil escrever e publicar algo”, destaca.
Homenageado carrega paixão pela história de Montenegro
Homenageado da 19ª Feira do Livro de Montenegro e 14ª Feira do Livro do Vale do Caí, Ernesto Lauer se descreve não como um escritor, mas um pesquisador e colunista.
O advogado se dedica atualmente a pesquisar a história de Montenegro e os fatos relevantes que aconteceram na cidade. A relação com a literatura é algo notável em sua trajetória. Lauer já colaborou com duas publicações: Imagens que Contam Nossa História e Montenegrinho – Álbum de poeminhas e prosas.
Como colunista, Lauer iniciou a sua trajetória aos 17 anos. “Minha relação com a literatura vai longe no tempo. Começou ainda criança, com a leitura de livros infantis e gibis. Aos 17 anos comecei a publicar artigos no Jornal O Progresso, o único naquela época”, conta o advogado.
Após se tornar promotor de justiça, Lauer passou a se dedicar à publicação de artigos pelas Comarcas onde trabalhou. “Aposentado, comecei a pesquisa da história de Montenegro. Lá por 2007, se a memória não falhar, comecei a escrever no Jornal Ibiá, o que foi até o ano de 2010”, relata.
Ernesto Lauer conta que ser escolhido como homenageado foi uma gratificação. “Nos meus 75 anos de idade, uma homenagem deste quilate coroa minha existência e o labor pela pesquisa em favor do conhecimento”, afirma.