Castração traz inúmeros benefícios ao seu pet

Saiba quais são os cuidados pré e pós operatórios; e como funciona o procedimento

Muitos tutores de animais de estimação têm o desejo de realizar a castração de seus pets, mas também há receio e algumas dúvidas que permeiam, fazendo com que a castração fique para mais tarde. A castração é uma das medidas mais importantes para controle populacional de cães e gatos. Além disso, a cirurgia ajuda a evitar diversos problemas de saúde, como tumores de testículo, próstata e mamários. Alguns estudos apontam que fêmeas castradas antes do primeiro cio têm 90% menos de chances de desenvolver câncer de mama.

Os efeitos comportamentais após a castração também são muito importantes. Os animais tendem a ficar mais calmos, sociáveis, menos agressivos e mais caseiros. Isso tudo, além de facilitar a interação com os humanos, reduz o risco dos fujões se perderem pelas ruas. Uma das principais dúvidas é quando castrar o animal. A veterinária montenegrina Vanessa Daudt Schonell explica que a recomendação de castração varia conforme o porte, mas de maneira geral é indicada após o primeiro cio em fêmeas (quando não há risco de prenhez ou fuga); e em machos, quando eles já atingiram o tamanho de adulto, sendo cães de pequeno porte e gatos próximo aos sete/oito meses e cães de grande porte por volta de um ano de idade.

Mesmo com todos os benefícios, a castração é um procedimento invasivo, por isso, exige alguns cuidados pré e pós cirúrgicos, para que a cirurgia seja um sucesso e de rápida recuperação.

Como é feita a cirurgia?
A castração é um procedimento cirúrgico que deve ser feito por um médico veterinário. Alguns procedimentos ainda pedem a presença de um anestesista veterinário, pois o animal deve estar sob anestesia geral. Apenas um profissional capacitado pode indicar qual o melhor procedimento e tipo de anestesia (inalatória ou injetável) para um cão ou gato. O procedimento é realizado de formas diferentes em cachorros e gatos, machos e fêmeas. Nos machos, a cirurgia retira os testículos, e nas fêmeas, consiste na retirada dos ovários e útero por meio de uma incisão. Nos dois procedimentos, o corte recebe pontos, que podem ser externos e devem ser retirados, ou internos, sem a necessidade da retirada. Por isso, alguns cuidados são necessários também após a cirurgia.

Cuidados pré-operatórios
A veterinária Vanessa salienta que é fundamental o jejum de alimentos (de 10 a 12 horas) antes da cirurgia. Alguns veterinários também pedem a restrição de água por algumas horas antes da castração. “Serve para evitar vômitos durante a anestesia, pois isso pode provocar pneumonia por aspiração e até morte do pet”, afirma. Quanto às fêmeas, Vanessa pontua que deve haver o cuidado para que não estejam gestantes no momento da cirurgia. “Não é possível saber até o momento do procedimento se não for feita uma ultrassonografia abdominal”, salienta. Ela ainda adianta que para as fêmeas que serão castradas durante o cio, há maior risco de sangramento. Em alguns casos, o veterinário poderá solicitar uma consulta ou exames para análise clínica. Assim, o profissional saberá se está tudo bem com a saúde do animal antes da cirurgia.

O tutor também pode se preparar de outras formas para cuidar do animalzinho após a volta para casa. Comprar um colar elizabetano e um cobertor aconchegante para ser utilizado após o procedimento é uma das dicas. Levar a caixa de transporte também pode facilitar a retirada do animal da clínica, tornando o trajeto mais confortável. Além disso, o vômito após a castração é muito comum, não se assuste. Você pode cobrir alguns cômodos da casa em que o animal terá acesso para evitar maiores sujeiras.

Cuidados após a castração
Ao voltar do procedimento, o repouso do animal deve ser absoluto para evitar que os pontos abram ou que surja um caroço após castração que pode evoluir para uma hérnia. A veterinária Vanessa destaca que, geralmente, o repouso indicado ao animal recém castrado é de 10 dias, mas pode variar dependendo do profissional. Pelo menos pelos primeiros dias, o pet não deve ter acesso à rua. É difícil impedir que o animalzinho se movimente, mas você pode evitar incentivar ele a correr, pular, brincar, passear, conviver com outros animais e fazer alguns movimentos que possam prejudicar a recuperação, pelo menos por um tempo.

Após a volta para casa, não force o animal a comer, já que a anestesia pode deixar o cão ou o gato enjoado provocando vômito após castração. Além do enjôo, outros sintomas após cirurgia são comuns como dores leves no local da cirurgia, sonolência, falta de apetite e incontinência urinária. Os sintomas tendem a sumir rapidamente. Caso persistam, procure o médico que realizou o procedimento. O uso de roupa cirúrgica e colar elizabetano também são recomendados. Ambos dificultam o acesso da boca e das patas do animal ao ferimento evitando infecções e machucados. O profissional deve indicar a administração de alguns medicamentos, portanto, siga a risca o recomendado.

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