A primavera 2022 começa oficialmente às 22h04min desta quinta-feira, 22, e vai até às 18h48min de 21 de dezembro. Sobre efeito do fenômeno La Niña e a rápida passagem das frentes frias, a tendência é de diminuição das condições para chuva na Região Sul do Brasil. As temperaturas no Rio Grande do Sul devem ter alternâncias, ainda com a possibilidade da entra de algumas massas de ar frio, em outubro, mas com os picos de calor ficando cada vez mais frequentes ao longo da estação.
Conforme a meteorologista do Climatempo, Ana Clara Marque, o fenômeno La Niña, que causa diminuição da temperatura das águas do Oceano Pacífico, irá se intensificar no final de outubro e ter sua intensidade máxima entre novembro e dezembro, causando chuvas abaixo da média na Região Sul. “A gente teve um inverno e um o outono que foi muito chuvoso no Sul, mas agora, em direção a primavera, a tendência é que o La Niña ganhe força e essa região seque cada vez mais”, destaca Ana Clara.
Para a meteorologista, inicialmente, a diminuição da chuva não deve trazer grandes problemas, mas com vários meses de chuva abaixo da média a situação pode ir se agravando. “A falta de água deve ser observada no final da primavera e no início do verão. Porque vamos ter uma sequência de dois, três meses seguidos com pouca chuva caindo, o que pode trazer problemas”, aponta Ana Clara.
Em outubro e novembro ainda pode haver a queda de temperatura no Estado com a entrada de algumas massas de ar frio, é o que aponta o meteorologista da Climatempo, Vinicius Lucyrio. “Pra outubro e novembro nós devemos ter, ainda, a entrada de algumas massas de ar frio de origem polar, que acompanham as frentes frias. Isso pode causar alguma queda mais acentuada da temperatura e até trazer alguns episódios de geada isolados”, afirma.
No entanto, conforme o meteorologista, por conta da maior irregularidade das chuvas, a tendência é que as temperaturas aumentem nos próximos meses. “Ao longo da estação os dias vão ficando cada vez mais longos e as noites cada vez mais curtas. A tendência é de temperaturas um pouco acima, ou acima da média, em praticamente toda a Região Sul, em novembro e dezembro. Isso é consequência também das chuvas, que devem ser abaixo da média”, conclui Lucyrio.
