Médico foi um dos fundadores da Unimed Vale do Caí
Faleceu nesse domingo, 4, o médico Wanerley de Azambuja Casani, aos 90 anos. A causa da morte foi uma pneumonia que se agravou devido uma infecção, quadro conhecido como septicemia.
O médico foi um dos fundadores Unimed Vale do Caí. Em 5 de setembro de 1972, Casani, juntamente com outros 24 médicos de Montenegro e região fundaram a instituição. Ele exerceu a função de presidente da cooperativa por 11 anos, de 1972 a 1983. Em 2015, participou da cerimônia de descerramento da placa de 15 anos da inauguração do Hospital Unimed Vale do Caí (HUVC).
“Dr Wanerley Casani manteve-se lúcido até os últimos dias, falando com serenidade e interessado em saber como andava a nossa cooperativa”, destaca o presidente da Unimed Vale do Cai, Dr. Everton Machado Bochi. “Aos 90 anos, nos deixou no feriado de Páscoa, uma data tão cheia de significados e energia, talvez para enviar uma última mensagem de libertação e esperança. Meus mais sinceros sentimentos aos familiares”, completa Bochi.
Natural de Porto Alegre, Casani chegou em Montenegro no ano de 1965 e passou a atuar inicialmente como clínico geral. Mais tarde assumiu como ginecologista obstétrico no Hospital Montenegro, onde trabalhou por muitos anos. O médico também foi um dos primeiros cardiologistas da cidade, sendo o fundador da Clínica do Coração, localizada no centro de Montenegro.
O cardiologista Paulo Casani, filho de Wanerley, conta que o pai exerceu a profissão até os 79 anos de idade e sempre foi uma inspiração para toda a família. “Por ser filho de um médico eu vivi a medicina minha vida inteira, desde guri. Então eu sempre fui ligado à área de cardiologia e minha irmã fez a outra contraparte dele, ela fez ginecologia. Assim, cada um fez uma parte da profissão dele”, afirma Paulo.
Além de inspirar os filhos, Dr. Wanerley Casani também inspirou alguns netos, que decidiram seguir na mesma profissão do avô. “A impressão que eu tenho dele é de uma pessoa dedicada, uma pessoa honesta e de bons valores morais. Ele nunca ficou com um centavo a mais de alguém, sempre foi uma pessoa muito honesta e, muitas vezes, trabalhou sem receber”, conta Paulo.
O filho conta que Dr. Casani gostava de artes, música e da natureza. O seu hobby preferido era jogar xadrez. “Ele foi uma pessoa correta e reconhecida pela comunidade pelo bom trabalho; e nos transmitiu esses valores, então vai nos deixar muita saudade”, aponta Paulo.