A Prefeitura de Montenegro apresentou, em audiência pública nessa quarta-feira, dia 3, a Lei Orçamentária Anual (LOA) pra 2022. A projeção de receitas é ainda mais otimista do que a que acompanhou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), encaminhada em setembro. O orçamento oficial do ano que vem é de R$ 256 milhões. É o valor da administração direta que o Município pretende receber e, assim, pagar despesas e fazer investimentos. O montante acaba sendo 16,89% maior do que o orçado para 2021.
A diferença entre a LDO e a LOA é que a LDO, feita antes, é um instrumento de orçamento que traça as diretrizes do governo para o próximo ano; sendo o pilar para a aprovação e formatação da LOA. Quando a LDO foi votada, a projeção do orçamento já era alta; 15,4% maior do que 2021. Mas segundo o secretário municipal da Fazenda, Antônio Filla, novos indicadores fizeram com que, para a LOA, as expectativas melhorassem ainda mais.
“Teremos aumento no IPM, o Índice de Participação do Município na divisão do ICMS do Estado, passando de 0,708403% para 0,732393%, sendo que ele ainda poderá ser aumentado quando forem julgados alguns recursos que foram apresentados na Secretaria da Fazenda do Estado”, explica. “Também foi aprovado recentemente o pagamento de uma parcela adicional no mês de setembro, correspondente a 1% do FPM, o Fundo de Participação do Município, da União. Ainda, aumentamos nosso otimismo em relação à arrecadação dos tributos próprios (ISSQN, ITBI, IPTU), considerando o excelente resultado verificado até o momento”.
A LOA mostra que o Município espera arrecadar, só com o ICMS, R$ 79 milhões durante o próximo ano. De FPM, a expectativa de arrecadação é de R$ 47 milhões; de IPTU, R$ 11,2 milhões; de ISSQN, R$ 23,1 milhões; e do IPVA, R$ 10,8 milhões. A lei orçamentária também traz a novidade das emendas impositivas; valores que estarão disponíveis aos vereadores, que apontarão a sua aplicação. É um total de R$ 2,482 milhões que serão divididos entre os dez parlamentares. A metade, deve obrigatoriamente ser aplicada na Saúde. Com o novo dispositivo e a atualização da projeção, a divisão dos recursos entre os setores da Administração pública também mudou em relação à LDO. Veja a seguir:
Gabinete/Sec. Geral | R$ 9.268.185,00 |
Sec. Administração | R$ 32.708.120,00 |
Sec. Indústria, Comércio e Turismo | R$ 1.997.144,65 |
Sec. Fazenda | R$ 8.734.221,70 |
Sec. Saúde | R$ 49.117.198,24 |
Sec. Viação e Serv. Urbanos | R$ 12.999.350,91 |
Sec. Obras Públicas | R$ 23.126.084,50 |
Sec. Educação e Cultura | R$ 81.024.767,00 |
Sec. Desenvolvimento Rural | R$ 6.582.111,00 |
Sec. Meio Ambiente | R$ 6.120.000,00 |
Sec. Gestão e Planejamento | R$ 1.824.488,00 |
Sec. Habitação, Des. Social e Cid. | R$ 8.490.627,00 |
Reserva de Contingência | R$ 4.482.000,00 |
Câmara de Vereadores | R$ 5.310.714,00 |
Fundarte | R$ 4.214.988,00 |
TOTAL – | R$ 256.000.000,00 |