Copa RS de Flag football apresenta a modalidade aos montenegrinos

CIDADE anfitriã foi representada pelo Montenegro Stone Giants na competição

A Copa RS de Flag football reuniu quatro equipes em disputas realizadas nesse domingo, 30, no campo do Grêmio Esportivo Municipal, em Montenegro. Os jogos tiveram início logo cedo, às 8h. A competição contou com o time anfitrião, o Montenegro Stone Giants, e com as equipes Tapejara Dragons, Farrapos FA, de Pelotas, e Porto Alegre Vikings.

O time da casa abriu os trabalhos contra a equipe de Porto Alegre. A primeira disputa, conforme o técnico do Stone Giants, Pedro Cavalheiro, foi difícil, por se tratar do primeiro jogo contra um adversário. “Nosso time é novo. Estávamos acostumados aos treinos, nós contra nós mesmos, foi desafiador enfrentar um time desconhecido”, explica o fundador do time de Montenegro.

Gabriela e Pedro são os fundadores do Montenegro Stone Giants

Já no segundo jogo, contra o time de Pelotas, a equipe da casa mostrou garra e equilíbrio. A partida encerrou empatada em 6 a 6, mas com gostinho de conquista. “O primeiro jogo foi um jogo bem truncado, a gente estava nervoso, foi bem cedo. Uma coisa é treinar e outra é se adaptar a uma equipe de fora na hora do jogo. No segundo jogo o pessoal realmente focou, foi um jogo maravilhoso. Foi muito bonito”, avalia Pedro.

Para o treinador e para a presidente do Montenegro Stone Giants, Gabriela Kuhn Dias, a Copa RS de Flag football é uma conquista de todos que aguardaram ansiosos por sua realização. “Esse evento já era para ter ocorrido há mais tempo, mas aí veio a pandemia e não pôde ser realizado. Agora, mantendo os cuidados, foi possível”, salienta Pedro. “É muito gratificante ver tudo acontecendo, depois de toda a correria para organizar, tudo deu certo. Os times curtiram muito”, diz ainda.

O fato de Gabriela ser a presidente da equipe não é por acaso. Foi ela que incentivou Pedro, seu noivo, a fundar um time com atletas locais. Pedro jogava em uma equipe em Porto Alegre, mas com a pandemia resolveu mudar-se para Montenegro para ficar mais perto de Gabriela. Aos poucos, ambos formataram o projeto e deram “vida” ao gigante.

“Como professora, trabalho muito as lendas de Montenegro, aí sugeri ao Pedro trabalharmos a lenda do Gigante de Pedra, do Morro São João. ‘Americanizamos’ o nome, chamamos algumas pessoas e começamos a treinar no Parque Centenário, o pessoal foi olhando, gostando e a gente montou o time”, conta Gabriela. Ela não joga, mas acompanha a equipe e registra cada jogada em fotografias. Contudo, outras meninas representam a presidente dentro da equipe.

Eduarda Somacal começou no esporte por curiosidade e acabou gostando

Eduarda Somacal é uma das jovens que forma a equipe mista do Stone Giants. “Comecei sem pretensão só para experimentar um esporte novo, e acabei gostando. Hoje somos um time. Me sinto muito bem, é um esporte diferente, bem dinâmico”, relata.

Vicenzo Hartamann diz que as meninas jogam de igual para igual com os meninos. “É muito legal jogar com as meninas, elas ajudam bastante a gente. A gente toma um cuidado maior com elas, mas nada que tenha interferência no jogo. Por mais que o Flag não é para ser um jogo de contato, ele tem contato às vezes”, comenta Vincenzo.

 

Esporte dinâmico e integrador
O Flag football é semelhante ao tradicional futebol americano, mas com características que o tornam menos “violento”. “O objetivo é o mesmo, fazer o maior número possível de touchdown, ou seja, chegar com a bola do outro lado do campo”, detalha o técnico Pedro Cavalheiro.

Para Vicenzo, o Flag é um esporte que integra os atletas

As equipes são compostas por cinco jogadores. As partidas tradicionais têm dois tempos de 20 minutos casa. “Nesse jogo não tem tanta pancadaria por que nós usamos as flags, um cinto com duas bandeiras, uma de cada lado. Essa bandeira simula a pancada, a defesa puxa a flag e a jogada para, e assim vai indo. É um jogo rápido e dinâmico. Não tem questão de idade nem de sexo, todo mundo joga”, diz Pedro.

“É um esporte 100% em grupo, o individual conta muito pouco, por que todas as jogadas, tanto de defesa quanto de ataque, requerem uma formação em grupo e não individual, então tem espaço pra todo mundo jogar”, explica o jogador Vicenzo.

Últimas Notícias

Destaques