A PARTIR de hoje, 1º, o transporte já não estará mais em circulação
Nessa terça-feira, 31, fechou o prazo que os estudantes da Ulbra tinham para que pelo menos 30 alunos por dia utilizassem a linha de ida (com saída de Montenegro) e volta reativada para teste. Foram estipulados 30 dias em consenso entre os estudantes, Viação Montenegro (Vimsa) e a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), em reunião proposta pelo vereador Talis Ferreira (PP). Em quase todo o período, apenas cerca de cinco alunos utilizaram o serviço diariamente e por isso, a partir de hoje, 1º, a linha está cancelada.
Joice Cristiane Quevedo foi uma das alunas da Ulbra que esteve presente em todo o processo e se diz decepcionada. Na lista que fizeram com relação de nomes, pelo menos 25 estudantes assinaram para utilização da linha a fim de reverter a situação, o que não aconteceu. “Colocaram o nome na lista e depois disseram que só iriam utilizar se a linha permanecesse, mas como vai permanecer se não tem alunos no teste?”, indaga. Ela pontua que o fato dos estudantes não terem se unido foi decepcionante. “Como que fica a pessoa com condição monetária baixa? Faz uma cadeira ao invés de cinco, porque não tem condições de bancar tudo. Não é só o transporte, tem alimentação, materiais para as aulas.. Tudo envolve dinheiro”, destaca.
Joice ainda salienta que outro questionamento dela e alguns colegas é o motivo pelo qual a Prefeitura Municipal não deu o subsídio para a Vimsa. “Ajudaria o empreendedor da cidade. Com isso, a linha se manteria, o pessoal ganharia o desconto de 50% ou 25% e quem tem Passe Livre iria de ônibus também”, diz. “Infelizmente estou na cota que terá que fazer uma cadeira no próximo semestre, porque não tem condições de manter tudo com um salário mínimo”, conclui.
Alcides Azevedo, coordenador da Vimsa, destaca que durante o período estipulado, se teve a média de dois passageiros por viagem. “Na segunda-feira, 30, tivemos um passageiro. Isso gera um prejuízo para a empresa de quase R$ 20 mil reais. Muitas vezes as linhas não são ativas porque não existem mais as demandas que podem condicionar para que elas sejam mantidas, infelizmente”, ressalta.
Ele destaca que há o entendimento de que as minorias saem prejudicadas, mas algo tem que ser feito por parte da Prefeitura Municipal. “A gente bate na tecla de que o poder público precisa fazer o complemento desta quilometragem para que os horários possam ser mantidos. Acho que só desta forma é feito o equilíbrio econômico do contrato, se não, logo vão ser escassos os horários e vai ocorrer um caos no transporte público”, finaliza. Após contato via assessoria de imprensa do vereador Talis, foi confirmado que será agendada uma nova reunião, pois a Metroplan faz questão de apresentar os motivos do cancelamento em dados.