Não há como falarmos sobre avanços na saúde, sem tratarmos da importância das vacinas para a sociedade. A frase pode soar impactante, mas há mais de 200 anos ela se prova real. Vacinas salvam vidas desde o final da década de 1790, quando surgiu a primeira vacina contra varíola, na Inglaterra. De lá para cá, diversos outros imunizantes foram desenvolvidos, trazendo maior qualidade de vida às pessoas e ajudando a erradicar doenças.
É preciso enaltecer e reforçar as ações de saúde pública que visam ampliar a nossa cobertura vacinal todo o país. Aqui no Brasil, a prevenção é um braço forte dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), que conta com o Programa Nacional de Imunização (PNI), criado há 51 anos. Atualmente, o programa conta com mais de 40 mil salas de imunização espalhadas por todo o Brasil.
Para isso, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário trabalham em harmonia para superar os desafios e as complexidades de promover os cuidados com a saúde em um país tão grande, populoso e diverso como o nosso. Imagine, por exemplo, o enorme desafio logístico de levar vacinas para as regiões afastadas dos centros urbanos, como aldeias indígenas. Há regiões do país que só são acessadas por vias fluviais, além de diversas outras complicações geográficas.
É importante direcionar recursos para o atendimento primário e a prevenção de doenças. Um dos critérios avaliados é a definição de faixa etária de quem recebe cada tipo de vacina, baseada em estudos científicos, uma vez que essa estratégia otimiza os cuidados com a saúde das pessoas, ao mesmo tempo que ajuda a diminuir custos. Tratar uma doença diagnosticada em estágios iniciais é mais barato que tratá-la quando ela já está em desenvolvimento avançado em nosso organismo. Da mesma forma, se prevenir contra uma doença por meio da imunização é menos custoso que tratar a doença em si.
A indústria farmacêutica exerce um papel fundamental na cadeia de saúde, com investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos e tecnologias. Contudo, precisamos ainda de um ambiente regulatório que favoreça o desenvolvimento tecnológico no Brasil, além da diminuição da burocracia. Sem dúvidas, o PNI é uma das maiores conquistas que o Brasil já vivenciou no setor. Os três princípios fundamentais do SUS, que são gratuidade (acesso sem custo ao contribuinte), universalidade (atendimento a todos) e integralidade (serviços de saúde para todas as modalidades, desde atendimentos primários a cirurgias complexas), contribuíram ao longo dos anos para que o PNI ampliasse o acesso de vacinas importantes para a população, como é o caso da vacina quadrivalente contra o HPV, que em 2024 completou dez anos de inclusão no programa.
O futuro da saúde no Brasil é promissor. Ainda temos muito a avançar, mas os passos que estamos dando, com os esforços conjuntos do governo e da iniciativa privada, ampliam cada vez mais a oferta de imunizantes às pessoas. Vamos celebrar os avanços que conseguimos até aqui, e lembrarmos de mantermos nosso calendário vacinal em dia.