Montenegro, Maratá, São Vendelino e Linha Nova evoluíram nas suas classificações
Aos poucos, o turismo no Vale da Felicidade vem se desenvolvendo e aquecendo a economia local. Tendo no turismo rural e nas belezas naturais seus principais atrativos, a região demonstrou alguns avanços no Mapa do Turismo Brasileiro 2019-2021, divulgado pelo Ministério do Turismo no começo desta semana. Através do Mapa do Turismo, os Municípios são categorizados de “A” a “E”. Essa classificação é um instrumento de acompanhamento do desempenho das economias turísticas locais.
Na região, quatro cidades evoluíram na sua classificação. Montenegro passou de “D” para “C” enquanto que Maratá, São Vendelino e Linha Nova, antes da categoria “E”, passaram a ser classificados como “D”. Ao todo, o Vale da Felicidade conta com oito Municípios categoria “E”, nove “D” e um “C”. De acordo com o Ministério do Turismo, a categorização subsidia a priorização de investimentos por programas do órgão. Quanto melhor a posição do Município, mais recursos ele pode colher junto ao Ministério.
“O Mapa do Turismo Brasileiro é uma forma que o Ministério do Turismo encontrou de facilitar o apoio à estruturação dos destinos, à gestão e à promoção do turismo no País. As regiões são definidas por proximidade e interesses dos Municípios, suas características culturais e geográficas”, explica a coordenadora da Governança Regional de Turismo do Vale do Caí, Michele Nunes Martins. Para ela, a nova edição do Mapa do Turismo trará maior reconhecimento ao Vale da Felicidade.
Para ajudar a alavancar ainda mais o turismo da região, Michele já projeta o próximo passo a ser dado: a criação de uma Associação do Turismo do Vale da Felicidade. Com ela, seria possível se credenciar para buscar recursos para a execução de obras e programas ligados ao desenvolvimento regional do turismo. Além disso, ela destaca que novos roteiros e empreendimento estão sendo estruturados.
Inclusive, a coordenadora da Governança Regional de Turismo entende que a melhora de categoria das cidades no Mapa do Turismo poderá ajudar a atrair turistas e até mesmo empresários. Ela cita como exemplo programas do próprio Ministério do Turismo, como o selo Prodetur + Turismo. Para conquistá-lo, um dos itens avaliados é justamente o Mapa do Turismo.
Michele reforça que há dois projetos regionais de turismo concorrendo na Consulta Popular deste ano. “Conquistando esse recurso, implantaremos o projeto regional de sinalização turística, contemplando todos os Municípios e divulgando o Vale da Felicidade além das nossas fronteiras”, projeta. Ela salienta, ainda, que segurança, bem-estar, infraestrutura e uma série de fatores que atraem investimentos estão associados ao turismo.
Montenegro poderá buscar mais recursos para o Turismo
Com sua categoria elevada no Mapa do Turismo, Montenegro agora pode ter maior aporte de recursos para o Turismo. “A categoria ‘D’, na qual o Município se encontrava, permitia acessar um valor máximo de R$ 150 mil por ano do Governo Federal. Porém agora, com o alcance da categorização ‘C’, o Município passa a acessar o valor de até R$ 400 mil por ano”, comemora Michele, que além de coordenadora da Governança Regional de Turismo do Vale do Caí é diretora de Turismo de Montenegro. “A nova categorização valoriza nossa região, credenciando Montenegro como oferta principal da região turística do Vale da Felicidade”, reforça.
Maratá retoma o status perdido no ano passado
Numa atualização ocorrida ano passado do Mapa do Turismo de 2017, Maratá acabou caindo da categoria “D” para a “E”. Agora, com o novo mapa divulgado, o Município retoma o seu status e, consequentemente, se credencia a receber valores do Ministério do Turismo. “A queda de categoria não abalou nunca nossa equipe, pois sabíamos que poderíamos retornar ao patamar onde estávamos”, garante o secretário de Turismo e Desporto de Maratá, Alexandro Haupenthal. “Agora a meta é avançar ainda mais, que sabe (mais) uma categoria”, projeta.
No entanto, segundo Alex, como é conhecido o secretário, isso dependeria de um investimento imediato de um hotel na cidade, que conta pontos para a troca de categoria. De fato, há um investidor interessado em construir um hotel na cidade. O projeto do prédio está na fase arquitetônica e o secretário acredita que até 2020 as obras dele estarão iniciadas. “Mas são projetos futuros. Não podemos contar com isso (agora), precisamos estruturar nossa cidade e fazer com que os empresários se sintam seguros para investir no turismo de Maratá. Esse retorno à categoria D pode nos ajudar na credibilidade”, afirma.
O secretário destaca que o Município possui um potencial turístico enorme, porém carece, às vezes, de investimentos. “Sendo assim, a criatividade entra em cena pelas pessoas que precisam fomentar e fazer o turismo”, comenta. “Nosso dever é criar e, em parceria com a iniciativa privada, executar projetos”, reforça. Ele cita como exemplo edital que está sendo preparado para outubro para a concessão por 30 anos dos parques municipais e no embelezamento da cidade.