Procedimento por Marca Coletiva inicia com mapeamento de propriedades

Tecnologia. Drone e imagens de satélite são utilizados para o levantamento

Com um drone e imagens de satélite, um grupo de trabalho formado pela Associação da Citricultura do Vale do Rio Caí (ACVARC), pela Emater-RS/Ascar, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está realizando o mapeamento de propriedades no interior do Vale do Caí. A ação faz parte do projeto que visa estabelecer uma marca coletiva dos citros da região.
Conforme o assistente técnico regional (ATR) de Sistema de Produção Vegetal da regional de Lajeado da Emater, Derli Paulo Bonine, as imagens serão utilizadas para confecção do mapa das propriedades, com a delimitação dos pomares, vegetação nativa e cursos d’água da propriedade. “Esta é uma primeira etapa do planejamento das atividades e base para a implementação da rastreabilidade”, explica.

De acordo com Bonine, o cronograma de visitas às propriedades foi estabelecido pelo grupo que esta realizando o mapeamento.

Mapeamento delimita pomares, mata nativa e
também os cursos d’água que passam pelo terreno

Para esse trabalho de levantamento de imagens foi contratada pelo Sebrae a Fundação Agrícola Teutônia, entidade mantenedora do Colégio Teutônia. O engenheiro agrônomo Júnior do Nascimento, que trabalha na captação de dados junto com o engenheiro florestal Deoner Zanatta Júnior, explica que depois de feito o croqui da propriedade com imagens de satélite é realizado um voo com drone para captação de fotos. Com esses dados é elaborado um relatório que traz ao produtor informações que irão lhe auxiliar na gestão da propriedade. Numa segunda visita, além da entrega do relatório, os profissionais irão trabalhar com o produtor a implantação de um caderno de campo para auxiliar na rastreabilidade.

O levantamento iniciou em Montenegro, por se tratar do município com o maior número de participantes do projeto, e depende de boas condições climáticas para ser realizado. Ao todo, serão visitadas 94 propriedades em Montenegro, Maratá, Brochier, São José do Sul, Salvador do Sul, Pareci Novo, Harmonia, São Sebastião do Caí e Tupandi.

Há 12 anos trabalhando na produção de citros em sua propriedade de 20 hectares, Cassiano Veríssimo da Silveira vê com bons olhos a oportunidade da criação da marca coletiva. “É para mostrar de onde vem e a qualidade do fruto”, afirma. Ele produz em Porto dos Pereira cinco variedades de bergamota. O citricultor destaca que os procedimentos feitos durante o levantamento de dados são sem complicações e, no futuro, podem resultar num lucro maior.

Após a fase de visita e mapeamento das propriedades, de orientações sobre o planejamento dos pomares e estabelecimento da rastreabilidade, será encaminhado ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) o registro da marca coletiva, também conhecido como selo de qualidade. Este selo poderá ser usado exclusivamente pelos associados da ACVARC. Bonine reforça que para obter o selo os produtores deverão seguir as normas estabelecidas pelo Regimento Interno da associação.

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