Nem a pandemia impede a música de se espalhar pela região

Oficinas de instrumentos e coros de Brochier, Montenegro e Pareci Novo ocorre, on-line

A pandemia do novo coronavírus exigiu que nos adaptássemos e nos reinventássemos. Isso vai desde cuidados básicos, como a necessidade de se usar máscara ao sair de casa, até mudanças complexas, como os profissionais que tiveram que se adaptar ao trabalho remoto. Na área da educação não foi diferente, professores estão preparando atividades que são enviadas para os alunos realizarem em casa ou até mesmo realizando aulas via Internet. Àqueles com amor à música e que desejam aprender a tocar um instrumento e seus mestres também foram impostas adaptações.

Por meio de videochamadas individuais ou coletivas, o professor de música Adriano Roberto Krahl segue atendendo alunos de Montenegro, Brochier e Pareci Novo. Adriano trabalha em projeto da Prefeitura de Brochier em parceria com Anderson Rodrigo Kunz e o seu irmão Carlos Alexandre Krahl, que também atende com Adriano nas oficinas de música e canto coral proporcionadas pela Prefeitura de Pareci Novo. Em Montenegro, Adriano é o regente do coral da Unimed Vale do Caí.

De acordo com ele, o início das aulas no formato on-line se deu na segunda quinzena de março. “A gente chegou a um consenso, perante o cenário que vinha se desenhando, de que as atividades presenciais não poderiam ser possíveis”, relata. Segundo o professor de música, a adaptação de alunos e professores à nova realidade não foi difícil. Isso porque os professores dos projetos desenvolvidos em Brochier, Pareci Novo e Montenegro já tinham adotado o uso do WhastApp para acompanhamento dos alunos.

Juntos, mas cada um na sua casa: aulas também acontecem por chamadas de vídeo coletivas

“Os alunos vinham na aula presencial, aprendiam a música, recebiam a partitura e explicação e, normalmente, a gente mandava também para o aluno um vídeo da gente executando a peça para que o aluno pudesse ter uma referência audiovisual em casa”, detalha Adriano. O regente destaca que em casos de dúvidas, os alunos também usavam a ferramenta. “Também, às vezes, mandavam vídeos deles tocando para a gente corrigir”, salienta.

Para mostrar esse trabalho que vem sendo realizado – e também para levar um pouco de música às comunidades –, vídeos estão sendo produzidos para serem publicados em redes sociais. De acordo com Adriano, os músicos e cantores participantes dos grupos instrumentais e de coros estão cada um gravando sua parte em casa para um vídeo que será posteriormente editado e publicado. “Já que a gente não pode se reunir presencialmente, a gente vai fazer nesse formato e em breve vamos ter novidades nas redes sociais”, reforça.

“A música é sempre fundamental”

Presente em muitos momentos das nossas vidas, a música nos ajuda a espairecer em tempos de crise como o que vivemos hoje. “A música, desde os mais remotos tempos, está aí para acalentar a nossa alma, mexer com os nossos sentimentos, trazer lembrança e manter a gente ativo e alegre”, observa Adriano. Por isso, o professor salienta a importância dela. “A música é sempre fundamental e, agora mais do que nunca, para rechear a nossa vida com momentos gostosos, onde a gente possa, por alguns instantes, às vezes até sem se dar conta, esquecer as coisas ruins e ter momentos prazerosos embalados pela música”, comenta.

Por isso, Adriano também ressalta a importância de manter as aulas de música nesse período de crise. Para o professor, incentivar o aluno a pegar o seu instrumento em casa e praticar seu dom musical é uma forma prazerosa de ocupar o tempo ocioso. Ele salienta que ocupar esse tempo com algo sadio, como a música, ajuda a pessoa a tirar um pouco o foco da atual pandemia do novo coronavírus e a enxurrada de informação a qual as pessoas ficam expostas ao acessar redes sociais ou assistir televisão. “Penso eu que manter as aulas é uma maneira de manter a técnica e a musicalidade dos alunos em dia, mantê-los produtivos; mais que isso: mantê-los saudáveis”, resume Adriano.

Últimas Notícias

Destaques