Mais seis dias para vacinar contra aftosa

Imunização. Prazo para realizar a segunda fase da vacinação nos animais foi prorrogado até o dia 10 de dezembro em razão da falta da vacina no mercado

Foi aceito o pedido da secretaria estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para que seja prorrogado o prazo da segunda fase da vacinação contra a aftosa até o dia 10 deste mês. A solicitação foi feita em razão da falta da vacina no comércio agropecuário em diversas regiões do Estado. Conforme a Seapi, nem mesmo as distribuidoras do Rio Grande do Sul tinham o produto disponível para comercialização. Nesta etapa devem ser imunizados bovinos e bubalinos de zero a 24 meses de idade.

Dentre as empresas credenciadas para a comercialização da vacina na região, apenas duas ainda realizam a venda. Será possível encontrar doses na Agropecuária Pilger, em Montenegro, a partir desta quarta-feira. Em Maratá, na Agropecuária Maratá, a previsão é de que 100 doses sejam entregues nesta quinta-feira, mas boa parte já está encomendada.

De acordo com a coordenadora do programa de combate à febre aftosa no estado, Grazziane Rigon, o desabastecimento ocorreu devido às modificações que ocorrerão com o produto para o ano que vem. Com isso, as agropecuárias compraram pouca vacina, temendo ter que se desfazer de estoques que não terão mais validade em 2019. Para reduzir as reações provocadas pela vacina, como nódulos e inflamações no local da aplicação, o Ministério da Agricultura reformulou o produto para 2019, que inclui a alteração do volume a ser aplicado de cinco para dois mililitros.

Até o momento, o Estado já possui registro de vacinação de 60% do rebanho. Esse número deve ser maior, porque os pecuaristas tinham até o dia 7 de dezembro para comprovar a vacinação. Com a ampliação do prazo para realizar a imunização até o dia 10 de dezembro, a comprovação se encerrará no dia 17. A coordenadora do programa de combate à aftosa ressalta a importância da vacinação para proteção do rebanho e explica que o Ministério da Agricultura tem um planejamento para evolução do status sanitário, que prevê a retirada da vacina no RS em 2021.

A doença, que é altamente contagiosa, tem como sintomas aftas na boca do animal, salivação, febre e feridas nos cascos que causam manqueira. Em caso de dúvida, a inspetoria em Montenegro pode ser contatada pelo telefone 3632-1211. O último registro da febre aftosa no Rio Grande do Sul foi entre os anos de 2000 e 2001, quando foram registrados 52 focos em diversos municípios. Isso resultou no abate de 28 mil animais, com o custo direto de aproximadamente 25 milhões de dólares. Além disso, houve perdas econômicas geradas pelo impedimento da venda de produtos de origem animal e vegetal.

Últimas Notícias

Destaques