Expointer 2023. Escola de São José do Sul foi convidada pela Embrapa
A Educação Pública de São José do Sul foi representada na 46ª Expointer pela Escola Estadual de Ensino Médio São José do Maratá. O Projeto ‘Carneiro Hidráulico’ foi destaque nacional dentro do estande da Embrapa, nos dias 26, 27 e 28. A atenção dispensada pela entidade de pesquisa agrícola se deve ao fato deste projeto apresentar ao produtor rural uma ferramenta simples para bombeamento e irrigação sustentável, inclusive sem utilização de energia elétrica.
Os alunos observam como as últimas secas rigorosas causaram prejuízos na área produtiva em torno da Escola, na localidade de São José do Maratá. Ponderaram também que estes períodos estão cada vez mais longos e intensos, em contraste com períodos chuvosos cada vez mais escassos, ainda que volumosos quando acontecem. O problema foi atribuído ao aquecimento global.
Os jovens apontaram então a necessidade de encontrar um sistema alternativo de armazenamento mais acessível às famílias. Foi desenvolvido assim o carneiro hidráulico (bomba de aríete), dispositivo de bombeamento de água que utiliza como fonte de energia a própria gerada pelo movimento da água ao ser atraída pela gravidade. Inclusive, o sistema tem poder de bombear água para patamar mais elevado do que a altura da queda de água.
Este é um projeto de iniciação científica para o Dia do Campo de 2022, selecionado agora pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) para representar a 2° CRE (Coordenadoria de Educação) no pavilhão da Embrapa, ao lado de outras 15 Escolas Estaduais do Campo com experiências exitosas. A realização foi de estudantes entre o 6º Ano do Fundamental e 3º do Médio, que foram representados por Geovani Kettermann, Douglas da Silva Loeblein e Pedro Schweig (3º Ano do Médio/ Turma 301); sob orientação da professora Thuani Braga.
Educandários de Montenegro no Pavilhão
Em espaço nobre no Pavilhão da Agricultura Familiar dedicado às escolas do campo, três municipais de Montenegro apresentarão suas experiências. Os próprios estudantes estarão no estante nos dias 30 e 31 de agosto explicando as constatações que alcançaram com pesquisas ligadas ao cotidiano da comunidade onde vivem.
Da Emef Manoel de Souza Moraes, os alunos do 5° Ano Ana Laura Lerner Pereira, Ana Lídia Eibel Del Pino, André Weizenmann da Silva e Lívia de Paula Xavier levarão o projeto “A colheita da bergamota no Muda Boi”. Observando que se trata de uma das principais fontes de trabalho informal na região, os estudantes procuraram saber mais a respeito desta prática. “E reconhecer os benefícios trazidos pelo trabalho na colheita para as nossas famílias”, diz a diretora, Carla Juliana de Paula.
Também do cotidiano nasceu o projeto “O que podemos aproveitar do milho?”, que leva os estudantes da Emef Pedro João Müller a Esteio na próxima semana. A premissa surgiu de uma lenda contada ao 5º Ano pela professora. Entre as etapas, a turma foi a campo colher, descascar e debulhar as espigas. Os jovens pesquisadores da Costa da Serra serão representados por Micaella Luíza de Vargas, Yasmin Luíza Ferreira de Souza e Laísa da Silva de Oliveira.
Já a turma do 8º Ano da Emef Professora Maria Josepha Alves de Oliveira traz da localidade Porto dos Pereira o trabalho “Agricultura Familiar”. A pesquisa foi sobre a importância do segmento à comunidade, partindo do fato que mais da metade dos pais trabalha nele. Descobriram que para 29,6% das pessoas questionadas esta é sua única fonte de renda. O projeto é assinado por Letícia Maekawa, Niliéli Koppe e Suelen Daniele Lauermann.