Participaram leiteiros de São José do Sul, Montenegro e Capela de Santana
Um grupo de produtores dos municípios de São José do Sul, Capela de Santana e Montenegro participou, no início desta semana, no Posto de Saúde de São José do Sul, de uma reunião para avaliação da Chamada Pública do Leite – operacionalizada pela Emater/RS-Ascar por meio de convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) do Governo Federal. Na ocasião, a equipe da Emater/RS-Ascar local realizou palestra com uma retrospectiva dos três anos de execução da política pública. Em um segundo momento, os agricultores envolvidos puderam avaliar a ação e quais os impactos observados em suas propriedades.
Integrante do programa, a produtora Daniela Schütz de Faria, da localidade de Linha Canavial, avaliou positivamente a política pública. Com 20 vacas em lactação, produzindo uma média de 350 litros de leite por dia, a jovem de 21 anos lembra o fato de, ainda em 2014, o rebanho ser maior e a litragem resultante menor. De lá para cá, foram inúmeras melhorias, envolvendo a genética dos animais, sua alimentação e higiene. “Muitas vezes, eram pequenas mudanças que já podiam representar bons resultados”, ressalta Daniela, que trabalha diariamente ao lado do marido, Rodrigo Lourenço de Faria, e dos pais Raul e Roseli Schütz.
Na Chamada Pública do Leite, Daniela e Rodrigo integram aquilo que é conhecido como Unidade de Referência (UR) – uma espécie de propriedade que deverá servir de modelo para outras. Não por acaso, na parte da tarde, o grupo foi até o local para conhecer as melhorias alcançadas durante a Chamada. “Podemos dizer que a assistência técnica mais presente, com orientações gerais sobre investimentos a serem feitos ou mesmo nos apoiando para a continuidade do trabalho no campo, foram fundamentais nesse período”, garante a jovem, que já estuda a possibilidade de ampliar não o rebanho, mas a produtividade.
Para o assistente técnico regional em Sistema de Produção Animal da Emater/RS-Ascar e coordenador do Lote 19 da Chamada Pública do Leite, Martin Schmachtenberg, é importante salientar o fato de que, com o encerramento da política pública, o serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social não terminam. “Nossa intenção é estar próximo destes produtores, com atendimentos regulares que lhes garantam uma boa gestão da propriedade e acesso às tecnologias existentes ou ao crédito rural, promovendo o aumento da renda e a consequente qualidade de vida”, observa.
Na região, foram beneficiadas 500 famílias de 41 municípios, sendo 25 do Vale do Taquari, 14 do Vale do Caí e duas da Serra Gaúcha. Durante os três anos de execução, foram diversas as atividades, que iniciaram ainda em 2014, com os diagnósticos em cada propriedade e consequente planejamento, que tomou por base a demanda dos próprios agricultores. Assim, os produtores puderam acompanhar palestras, encontros, visitas, dias de campo e seminários, com temas diversos, como melhoria da qualidade do leite, manejo adequado dos animais, redução de custos de produção, melhoramento genético, entre outros.
O evento de encerramento contou com a participação do supervisor da Emater/RS-Ascar, Fábio Encarnação, e os secretários de Agricultura e Meio Ambiente, Tiago Eberhardt, e Administração e Fazenda de São José do Sul, Astor Scherer.
Durante o dia de atividades, as ações foram coordenadas pelos extensionistas do escritório da Emater/RS-Ascar de São José do Sul, Rogéria Flores e Pedro Veit, que ouviram dos integrantes da Chamada a respeito de seus pontos fortes e fracos, promovendo ainda um resgate de tudo o que foi construído dentro da política pública trabalhada.