Cultura. Grupo reuniu amigos em seu evento anual, com dança, almoço e prêmios
O domingo foi de cultura gaúcha em São José do Sul, com o encontro de nove CTG’s da região com seu anfitrião Grupo de Artes Essência Nativa. Foi a 5ª edição deste Encontro Artístico, que neste ano contou com mais de 18 invernadas, que colocaram para dançar no salão da Sociedade Botafogo meninos e meninas de todas as idades. Se o evento visa arrecadar fundos para manter as invernadas Mirim e Juvenil do Essência Nativa, também é uma grande integração entre os tradicionalistas.
A coordenadora artística, Paula Schons da Silva, explica que os Centros de Tradições são convidados em retribuição a convites recebidos pelo do Grupo Essência ao longo do ano. O grupo de São José do Sul tem 13 anos de existência e hoje conta com 25 crianças e adolescentes dançando. Mas Paula observa que as coreografias não são voltadas unicamente as danças tradicionalistas, mas abrange uma variedade de ritmos que formaram o folclore do Rio Grande do Sul.
Por isso, o Essência se chama grupo de artes, naõ sendo um piquete ou CTG. O patrão Maycon Henrique Staub explica que a ideia foi não se limitar as 25 danças obrigatórias do Movimento de Tradições Gaúchas (MTG), requisito para que a entidade seja cadastrada e, por exemplo, competir no Enart. “A ideia é representar o tradicionalismo e o folclore”, reitera. Assim, o Essência Nativa tem em seu repertório danças como a Tirana de Ombro, a Jardineira e a Polquinha Puladinha. E com este engajamento já levou o nome de São José do Sul para todo o Brasil, como com sua participação no Festival Internacional de Folclore 2012, em Olímpia, São Paulo.
Dançar vai muito além de ser tradicionalista
“Nosso foco é as crianças”. A frase do patrão sintetiza a essência do Essência, e explica por que ainda não há invernada adulta ou xírua. O Grupo de Artes surgiu dentro do CTG Peleadores, de São José do Sul, e sua dissidência foi justamente por divergências artísticas. Staub recorda que a comunidade abraçou o novo Grupo, permitindo cumprir a missão de dar aos jovens uma alternativa de ocupação, além de focar em valores humanos, amizade e organização.
“Os pais dizem que eles (filhos) estão melhores em casa”, revela o patrão, referindo-se à disciplina, mas também uma maior motivação dos jovens no dia a dia. Foi justamente o que o peão Samuel Schneider Schommer, 17 anos, encontrou. Ele está desde o início do Grupo, inspirado pelos pais tradicionalistas. “É uma ocupação. Equilíbrio mental”. Com a dança em grupo, passou a ser mais motivado e sempre querer melhorar.