Projeto de leitura é ‘case’ de sucesso e horta suspensa está em livro
A Comunidade Escolar da Escola Estadual São José do Maratá representará São José do Sul na 70ª Feira do Livro de Porto Alegre, com dois projetos em destaque nesta segunda-feira, dia 11. A professora Lúdia Camargo Pereira e o 1ª Ano do Ensino Médio apresentam no espaço da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) “Ler Faz Toda Diferença na Escola do Campo”. No mesmo dia, na Praça de Autógrafos Coletivos, acontece o lançamento do livro “Boas Práticas da Educação Pública”, iniciativa da Assembleia Legislativa que na 2ª edição incluiu o projeto “Horta Suspensa”.
A docente explica que as ações estão alicerçadas na plataforma digital “Árvore do Livro”, um acervo de 55 mil títulos – de vários temas do conhecimento – disponibilizado no site da Seduc. A ferramenta tipo “kindle” estimula a leitura através da classificação conforme o nível de leitura dos estudantes, que cultiva um jardim virtual. Quanto mais livros lidos, ele recebe semente, água, adubo, cultivando suas árvores de leitura, avançando ainda com classificações como prata e diamante.
Café Literário é o diferencial na Escola
A Árvore do Livro propõe o “ir além”, e neste sentido, a professora Lúdia foi criativa. Pois é isso que a escola apresentará ao Rio Grande do Sul a partir das 10 horas, detalhando seu “Café Literário”. Este é um evento lúdico trimestral, como um clube do livro, onde os alunos debatem as histórias que leram. A imaginação é livre, com indumentária caracterizando os personagens ou autores, podendo ficar até dois dias mergulhados no universo do livro.
Quando chegou à Escola, a professora Português recebeu apoio do diretor Julio Hoerlle para implantar o projeto nos Anos Finais da Fundamental (6º ao 9º) e nos três do Médio, com atenção à Estrutura Gramatical e ampliando os horizontes de conhecimento. “Foi uma dificuldade que encontrei, o acesso aos livros”, descreveu, ao assinalar que a biblioteca física da escola é limitada. Os benefícios da Árvore são vistos nos projetos científicos expostos no Dia de Campo.
Mais Chromebooks é uma meta
Quando ao tema no evento de segunda-feira, a professora comenta que para escolas do meio rural todos os acessos são mais complicados. Um obstáculo é a distância dos centros urbanos, que dificulta a frequência em biblioteca pública ou em livraria. Também o sinal de internet em casa limita o uso da plataforma, que é acessada em sala de aula através dos Chromebooks.
Neste ponto reside outra dificuldade desta escola estadual, que tem apenas 32 aparelhos para serem divididos entre 76 alunos assistidos pelo projeto; transformando a ampliação desta rede em bandeira da comunidade.
Horta Suspensa é destaque no estado
Já as 14 horas, a comunidade escolar estará em outro espaço da Feira do Livro, desta vez representada pelas alunas do 5º Ano do Fundamental Manuela Lenhart, Lolla Dutra da Silva e Cecília Schweig. Será um evento da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, que valorizou a atividade desenvolvida pela profesora Fernanda Kirst.
Dos canteiros suspensos em canos e antigos ficheiros doados por uma empresa, e ainda do sistema de cultivo hidropônico, saem ingredientes da merenda escolar. O diretor Hoerlle lembra que as escolas públicas ganharão um exemplar do livro, que reúne relatos pedagógicos de 79 escolas municipais e estaduais do RS.
Busca pela ampliação
Este contato com deputados e representantes da Seduc será uma oportunidade para a Comunidade Escolar São José do Maratá entregar sua principal reivindicação, que é a implementação de cursos técnicos. O “movimento pela ampliação do Ensino Médio com qualidade’ entregará um abaixo-assinado com cerca de 500 nomes, mas que pode ser ampliado até segunda-feira. Para apoiar a causa use o link anexo.