Saúde. Ações irão ocorrer em duas escolas e também com pacientes com diabetes
Buscando conscientizar a população de Pareci Novo, a secretaria municipal de Saúde e Assistência Social colocou em ação dois novos projetos. Um trata sobre o descarte correto do lixo gerado no tratamento do diabetes e outro busca orientar sobre o uso de medicamentos e incentivar a devolução dos remédios não utilizados em casa antes do vencimento, para que eles possam ser usados por outros pacientes.
Nesta sexta-feira, dia 13, deve ter início o projeto de conscientização pela devolução de remédios não utilizados. A ação irá ocorrer em duas escolas municipais, com alunos do 6º ao 9º anos. O programa contará com quatro encontros durante os quais os estudantes conhecerão mais sobre a profissão farmacêutica, os cuidados com armazenamento de medicações em casa, sobre o descarte correto de medicamentos e o impacto do descarte incorreto deles, sobre o uso racional de medicamentos e sobre as Práticas Integrativas Complementares (PICs).
“A gente quer que se o paciente, por qualquer razão que tenha sido, não utilizou a medicação que essa medicação volte para o posto antes de estar vencida porque, dessa forma, a gente consegue fazer o remanejo”, explica a farmacêutica Patrícia Griebeler. Ela observa que isso acaba sendo, inclusive, uma forma de poupar recursos públicos uma vez que não seria necessário comprar mais do mesmo remédio se os pacientes que, por algum motivo – mudança de tratamento ou não adaptação, por exemplo –, deixou de usar tal medicamento e o devolveu para a Farmácia do Município. “O que busco com esses encontros é a promoção em saúde”, reforça sobre os demais temas debatidos no projeto.
Em um outro projeto, a partir da segunda quinzena deste mês, os pacientes insulinodependentes de Pareci Novo receberão caixas específicas para material perfurocortante para realizar o descarte correto tanto das seringas e insulinas quanto do material biológico produzido. Segundo Patrícia, essa ação surgiu da preocupação com a forma como o descarte desse material ocorre. “O que o pessoal fazia com esse material em casa? Porque se faz um teste de glicose, usa um algodão esse algodão contamina com sangue, que é material biológico. Onde esse algodão era descartado? Provavelmente, no lixo comum”, comenta e ressalta que isso é um erro e que tal fato não pode acontecer.
A farmacêutica reforça que essas ações são uma forma de conscientizar a população para o uso racional de remédios. “Hoje, a gente observa que os pacientes estão se automedicando com uma frequência muito maior do que anos atrás”, comenta. Patrícia salienta que existem casos de pacientes que usam diversos medicamentos e, muitas vezes, acabam misturando as medicações, seja com álcool ou outros medicamentos que interagem um com o outro. “O medicamento, sim, está aí para nos ajudar, com certeza, mas não precisa ser o recurso único”, afirma a farmacêutica e cita como alternativa as PICs.