Seminário São José. Município prepara edital para atrair empresas interessadas em Parceria Público-Privada (PPP)
Os efeitos do tempo foram cruéis com o centenário Seminário São José. Considerado patrimônio histórico do Estado, o prédio foi casa de jesuítas como Theodor Amstad, um incentivador das cooperativas e idealizador do complexo, e de Balduíno Rambo, destacado estudioso de botânica, e hoje apresenta diversos problemas estruturais, como a queda de parte do telhado, por exemplo. Porém, esse cenário deve mudar. A Administração Municipal de Pareci Novo trabalha para lançar, o mais breve possível, o edital de Parceria Público-Privada (PPP) que será responsável pela reforma e restauro do seminário.
De acordo com o prefeito Oregino José Francisco, o Executivo está em fase de conclusão de um pré-projeto que deve ser apresentado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) em busca de aval. “Em duas semanas, o pré-projeto deve estar pronto e o Iphae necessita mais duas para analisar”, explica. Após, Instituto, Executivo, Câmara de Vereadores e Conselho Municipal de Cultura irão debater sobre o documento. Uma vez aprovado, será possível montar o edital. De acordo com Oregino, várias empresas já demonstraram interesse em concorrer na PPP.
Conforme o prefeito, entre os pontos previstos, está o de que a utilização do espaço do seminário será liberada para a empresa que fará a parceria e também serão apontados os pontos onde será feito o restauro, mantendo as características originais, e onde é necessária uma reforma para arrumar os danos causados pela falta de manutenção nos últimos anos. “Banheiros e algumas peças também estão a exigir mudanças, mas não representam alterações que comprometam. Assim, podemos manter a história o mais original possível”, destaca.
Oregino destaca que, dos 5.600 metros do complexo, a Prefeitura pede um espaço de 600 onde deverão ser implantados um museu, uma biblioteca, um espaço para atividades que representam a cultura do município e da região e também acesso para, no mínimo, dois eventos ao ano no auditório. O restante poderá ser explorado pela empresa que assumirá o restauro. “Assim o Município não fica responsável por um ‘elefante branco’. Dessa maneira, teremos acesso àquilo que necessitamos e, nos demais espaços, teremos recursos privados gerando impostos e empregos”, analisa.