Após o Rio Caí iniciar um lento recuo ao seu leito original, a cidade de Pareci Novo começou sua limpeza e a contabilizar os estragos deixados pela maior enchente da história. As águas, que no maior registro que se tinha até então, haviam apenas chegado até a Praça Municipal dos Imigrantes, dessa vez atingiram cerca de dois metros de altura na Rua Coberta. O fluxo pelo Centro também causou danos ao entrar cerca de 1m80cm na Casa do Produtor Rural; e em menor nível no Museu Municipal Delmar Pedro Fell e na Secretaria de Educação, todos no complexo da praça.
Moradora da rua João Henrique Kinzel há mais de 40 anos, Cristiane Reinheiner, relata que na enchente de novembro a água chegou apenas na área da casa. Agora, a enchente atingiu metade da janela de casa. Ela, o marido e os filhos, de 5 e 12 anos, estão abrigados nas casas de amigos. “A gente levantou tudo, como da outra vez, mas não foi o suficiente”, relata. Todos os seus pertences foram perdidos. “Ficamos na casa do Antunes dois dias e agora estamos na casa da Lore Weber. Quero agradecer a eles, a Ariane, o Jean, que deram esse apoio. E todos os amigos, vizinhos que estão todos se ajudando”, afirma. Em todas as vias do Centro e na Rua da Praia, o sábado, dia 4, foi de pessoas reunidas para limpar e consolar.