Demora para contratar professor substituto na Beato Roque gera descontentamento

Educação. Prefeitura diz que edital de chamamento será publicado em breve

O afastamento de uma professora de Português da Escola Municipal de Ensino Fundamental Beato Roque (EMEF), por motivos de saúde, e a demora para a contratação de um docente substituto, gera descontentamento entre os pais de alunos das quatro turmas atingidas. Buscando diagnóstico e tratamento para sua doença, a educadora se afastou das suas atividades no começo de março. De lá pra cá, uma das turmas para qual ela dava aula foi assumida por outra professora de Português, que teve sua carga horária aumentada, e as outras três passaram a ter as aulas da disciplina preparadas por essa mesma docente, mas aplicadas pela vice-diretora, que é habilitada em Geografia.

“O que nós queremos é que um professor de Português assuma as aulas de Português”, diz Andreia Costa Guimarães, mãe de uma aluna do nono ano. “Não que a professora que está lá não seja capaz de dar aula de Português. Ela tem conhecimento, mas não é licenciada em Português, ela é professora de Geografia”, complementa. Andreia reforça que o desejo dos pais é ter uma resposta e ver agilidade na contratação de um substituto. “Os pais estão revoltados, só que alguns preferem não aparecer por medo de represália”, salienta.

Conforme a secretária de Educação de Pareci Novo, Carla Maria Specht, o andamento do processo de contratação de um professor substituto dependia do recebimento da perícia médica de diagnóstico e afastamento da docente doente, o que só ocorreu dia 22 do mês passado. Conforme a secretária, isso ocorreu porque houve demora em se conseguir diagnosticar a doença da servidora afastada, que ficou internada em diferentes hospitais nesse período e apresentou corretamente os atestados médicos até o recebimento do laudo médico final.

Com a documentação em mãos, explica Carla, foi dado encaminhamento do projeto para a contratação do professor substituto, que tramitou em regime de urgência na Câmara de Vereadores e foi aprovado no dia 2 deste mês. A lei foi sancionada no começo desta semana pelo prefeito Oregino José Francisco e a secretária projeta que o edital de chamamento será publicado nos próximos dias. “Espero que em 14 dias esteja resolvido”, afirma. “Buscamos fazer o melhor que podemos e com celeridade”, reforça a secretária de Educação.

Andreia questiona se a medida adotada pela escola, de ter uma professora de Português organizando e planejando as aulas para uma de Geografia aplicá-las, não irá influenciar na qualidade do conteúdo passado aos alunos. A mãe reclama ainda que não houve um encontro entre direção da escola e pais para expor a situação. A secretária confirma que não houve reunião com pais, mas garante que direção e professores, desde o início, se empenharam para não deixar os alunos sem aula. “Quero frisar que os alunos estão sendo atendidos. Não faltou um dia de aula”, reforça Carla.

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