Visitantes podem experimentar a sensação de fazer rapel na Cascata Vitória por apenas R$ 30,00
Uma mistura de emoções. Primeiro a motivação. O pensamento é “vou, vai ser demais e dar tudo certo”. Depois, na trilha de cerca de 500 metros para chegar até o topo da Cascata Vitória com 35 metros de altura, no Parque de mesmo nome, em Maratá, a convicção começa a enfraquecer, principalmente pelo fato de a sola escorregadia do All Star não tão azul tornar difícil a missão de permanecer de pé.
Já lá em cima e devidamente paramentado foi preciso respirar fundo e tentar não desistir. Com os pés na parede rochosa entre o instrutor e um outro jovem com alguma experiência no esporte, o repórter recebeu as últimas orientações. Pouco antes da descida iniciar, o novato no assunto escorregou na lona azul e bateu um pouco o joelho na perna – culpa só do tênis, obviamente.
“Não quero mais, dá para subir ainda?”, quase implorou o repórter. Foi quando Alceu Pereira, o líder do grupo de instrutores de rapel, mostrou toda sua experiência. Fez o jovem de olhos azuis ficar calmo. Repassou as informações e o trajeto começou, sendo tranquilo e prazeroso. E, no fim, a sensação foi de ter passado muito rápido, deixando uma pontinha de vontade de repetir.
Para viver a mesma experiência, o preço é R$ 30,00 por pessoa. Também pode ser realizado o agendamento para grupos. Um profissional capacitado acompanha todo o percurso ao lado da pessoa. Podem participar, inclusive, crianças maiores de 12 anos, mas com autorização dos responsáveis legais. Também é necessário o preenchimento de um termo de responsabilidade. É indicado levar dois pares de tênis e roupa para trocar.
Além de Alceu, alpinista vertical, técnico em resgate vertical e supervisor de trabalho vertical, a equipe conta com Raquel Sbardelotto, técnica em enfermagem do trabalho, e Paulo Renan Ferreira, especialista em socorros em áreas remotas e de vítimas feridas por animais peçonhentos. Os três são bombeiros civis, têm farta experiência em rapel e escalada, e também trabalham como salva-vidas na cascata.
Quem participar da descida vertical conta com alguns dos equipamentos mais modernos para este tipo de esporte. Tudo para minimizar o risco de acidentes. “Mesmo que a pessoa queira errar, não vai ter chance, porque é tudo controlado. Se uma pessoa entrar em pânico, por exemplo, há uma forma de resgate”, comenta Alceu.
Os três demonstram ter paixão pela atividade. Também são atenciosos. Na trilha, como o tênis ex-azul – sempre ele – atrapalhava o repórter, Raquel chegou a andar um trecho segurando a mão dele. “É legal a emoção que a pessoa sente ao conseguir caminhar em uma parede vertical. É gratificante”, diz. “O foco principal é a superação, até de pessoas com fobia”, completa Paulo Renan.
Tauan Castoldi, 30 anos, foi o “terceiro elemento” a descer a cascata. Ele ainda faria isso mais, pelo menos, uma vez. “A descida foi maravilhosa, 100% segura”, disse o jovem de Canoas, em poucas palavras. Ele já havia praticado o esporte no antigo sítio da Família Lima, entre dois irmãos e Sapiranga.
O Parque é administrado pelo casal Rodrigo Kirschner e Vera Lúcia Ramires Borges há dois anos. “É uma programa muito bacana para a família, tem o rapel, trilha, espaço para fazer churrasco, banho de cascata. Também estamos com um projeto para colocar uma tiroleza”, revela.
O banho na cascata é permitido, aos sábados, domingos e feriados das 13h às 18h, com a presença de salva-vidas. Boias marcam o limite de segurança, depois delas, a profundidade é de 16 metros, onde o risco de afogamento é grande. O rapel é nos mesmos dias, mas das 13h30min às 19h.
O telefone para contato é o (51) 98025-5411, com Rodrigo ou Vera Lúcia