Estado reconhece Situação de Emergência no município

RESCALDO. Ao menos as pontes que resistiram não precisarão ser demolidas

Pelos cálculos técnicos da Administração Municipal, Maratá precisará de aproximadamente R$ 6 milhões para reconstruir o que a enxurrada de 26 de fevereiro danificou. Desta projeção já foi excluída a hipótese de reconstrução da ponte da área central da localidade Esperança, para a qual o laudo de engenharia afastou necessidade de demolição, sendo necessário apenas reforma. O valor também não pede ressarcimento dos recursos próprios que o Município está investindo.

A prefeita Gisele Schneider assinala que os laudos foram encaminhados ao Governo do Estado durante o feriado de Carnaval, e já houve o reconhecimento da situação de Emergência no município. Agora é aguardado o reconhecimento federal, que deve sair nos próximos dias. As verbas da União serão aplicadas na reconstrução das pontes da Linha Fries (Esperança) e da Trilha Turística no Centro, que foram arrastadas pela vazão. Outro equipamento danificado parcialmente é o muro de gabião no leito do Maratá nas proximidades do Centro (estrutura mais antiga).

Ao todo sete pontes ou pontilhões sofreram danos. Gisele explica que a prefeitura já recuperou as pontes da Linha Kerber, próximo da localidade Vitória; uma na localidade Uricana, e outra na Linha Pimenta. Também as cabeceiras da terceira ponte afetada na Esperança, essa de ligação com o município de Salvador do Sul, foram refeitas de forma precária para permitir a circulação. A Administração Municipal ainda não somou estes investimentos, assim como o gasto com limpeza no dia seguinte à enxurrada, manutenção das estradas e retirada de entulho presos nas pontes.

Aguardando o Desassorear RS

As despesas do Município irão se somar ainda o apoio aos cidadãos, em especial os agricultores que tiveram perdas significativas. Em um primeiro momento, está sendo utilizados os maquinários da Secretaria para refazer acessos e auxiliar na limpeza dos aviários devastados.

A queda da ponte na Trilha Turística não influência no projeto da ponte seca no local visando reduzir o represamento do Arroio Maratá. A Execução está orçada em R$ 125.000,00, com recursos doados por cidadãos da Alemanha durante os festejos dos 200 Anos da Imigração em 2024. Nesta semana deve ser assinado o contrato com a empreiteira vencedora, e a obra iniciar o quanto antes.

Maratá pressiona ainda para que nesta semana seja assinado Termo de Cooperação com o Estado no Programa Desassorear RS. O município receberá mais de R$ 700 mil para a execução do desassoreamento de trechos do Arroio, sendo que um trecho do leito já havia sido limpo após a catástrofe climática de maio do ano passado.

Infraestrutura
Muro de gabião mais antigo no leito do Maratá precisará ser reconstruído

Diagnóstico é de possível fenômeno isolado

Questionada se há diagnóstico do que causou essa inundação, resultado de chuva intensa, mas pontual e rápida, a prefeita Gisele Schneider afastou causa de ordem técnica nas cidades vizinhas mais altas. “Segundo a Administração Municipal de Salvador do Sul, não houve nenhuma intervenção. Fala-se em uma forte enxurrada na nascente do Arroio Maratá, em Salvador do Sul, como micro explosão, com volume muito grande de chuva em pouco tempo”, declara. Isso ocasionou problemas também no município vizinho, que inclusive alertou Maratá com antecedência, permitindo alguma reação da comunidade.

Cabeceiras foram refeitas parcialmente para liberar trajeto entre Maratá e Salvador

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