Cascatas de Maratá são as opções preferidas no verão do Vale

LAZER. Maior atração dos parques é o contato com a natureza preservada

Mais um verão no qual a grande atração no Vale do Caí é fugir do calorão se refugiando nas cascatas de Maratá. Totalmente recuperados do turbilhão de água que desceu pelos arroios na catástrofe climática de 2024, os parques Cachoeira Maratá e Cascata Vitória oferecem termômetros com temperaturas muito abaixo daquela encontrada no asfalto da cidade, pois está em meio à natureza intocada.

A gerente na Cachoeira Maratá, Dirce Kirsten relata que a enxurrada de maio passado levou estruturas e deixou dunas de cascalhos no lugar. Muitas estruturas do camping e do bar foram reformadas e contenções no entorno do Arroio Maratá reerguidas. “A prainha, a prefeitura refez nesta semana”, ressalta. Dirce assinala que ainda pretende ampliar o número de mesas e churrasqueiras.

Obras também precisaram ser feitas na estrutura do Parque da Vitória, que é cortado pelo Arroio Brochier, ou Dos Franceses, sendo essa a maior queda entre as duas. O ecônomo, Sérgio Schneider, classifica em 100% a reforma pós-inundação, que alcançou 70 cm na estrada dentro do parque. Em resposta, além das melhorias e do conforto, neste verão, o Parque da Vitória abriu seu restaurante. O buffet livre custa R$ 39,00 e atende aos domingo, das 11h30min às 15 horas. No restante dos dias (de domingo a domingo) a lancheria é a opção aos visitantes.

Os dois espaços possuem guarda-vidas nos finais de semana e delimitação de risco na água. Também oferecem trilhas ecológicas até o topo das cascatas, onde o visual faz valer a subida em meio à mata preservada.

No fresquinho com tranquilidade

No último domingo, 12, os parques estavam lotados. No topo da Cascata Maratá há piscinas naturais e uma sequência de pequenas quedas, que cativaram os gêmeos Felipe e Gabriel Martins, de 4 anos. O pai Gelson da Silva Martins, 28, tomava cuidado com os pequenos, observados da margem pela mãe, Catiele Batista, 31. “Achei muito lindo aqui em cima”, declarou a moradora de Brochier que, apesar de frequentadora, foi a primeira vez que subiu a trilha.

No topo da Vitória, a ruína da represa da antiga hidrelétrica faz piscinas; enquanto ao lado da queda d’água o riacho raso atrai os visitantes a sentarem com as pernas na água. Mas no caso das amiguinhas Antonella e Laura, ambas 9 anos, isso significava água no peito. Iara Reckziegel, 72, moradora de Maratá, observava a brincadeira da neta Laura, enquanto ouvia a filha Josiane, 44, recordar de quando ela vinha brincar na água.

Eram outros tempos, não havia ingresso e a estrutura era apenas um quiosque coberto com palha. “No final de tarde, quando saíamos da fábrica, vinhamos tomar um banho”, recorda Josiane, que hoje mora em Teutônia. Ela veio acompanhada da amiga Elisandra Gonçalves, mãe de Antonella, pra quem a Cascata já é hábito. “A gente já vem há vários anos”, declarou, ao lembrar que há pouco trouxe ao Parque amigos do Rio Grande do Norte que lhe visitavam em Teutônia.

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