Educação. Diversidade e curiosidades foram a tônica na Mostra da Escola São Francisco de Assis em Pareci Novo
A Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) São Francisco de Assis, de Pareci Novo, expôs sexta-feira, dia 5, a criatividade e a capacidade de seus alunos. A 7ª edição da Mostra de Trabalhos do Ensino Médio (Mostratem) reuniu 42 experimentos multidisciplinares com temas variados. Era possível se informar sobre temas como os cuidados com os bichinhos de estimação até o sistema tributário nacional; dos efeitos do alcoolismo na adolescência à sensação de adrenalina do MotoCross.
Os resultados foram avaliados por professores e os projetos visitados por estudantes de escolas de Ensino Fundamental que movimentaram o pavilhão da Comunidade Católica. A coordenadora do projeto, professora Luciane Rocha dos Santos, explica que as pesquisas ocorreram a partir do segundo trimestre. Os temas foram escolhidos livremente pelos estudantes, conforme seus interesses pessoais e vivências cotidianas.
“Quando eles pesquisam algo de que gostam, ficam mais empolgados na pesquisa”, afirma, ao salientar que a criatividade é instigada com esse tipo de trabalho extraclasse. Na mesma filosofia, a Mostra serve como troca de conhecimentos e interação com colegas, processo que, inclusive, começa dentro da sala de aula, onde um comenta e ajuda o desenvolvimento de outro grupo. “Assim, o trabalho não acontecia apenas fora do ambiente escolar”, avalia.
Outro fator essencial destacado pela professora é a criatividade para apresentar o projeto. Muitas vezes, o jovem domina o assunto, mas não sabe repassá-lo ao leigo, seja na montagem visual do estande ou na falta de eloquência para explicar o projeto. Luciane defende que esta parte do trabalho será útil no futuro profissional. “Isso ajuda na hora que forem para uma entrevista de emprego,”, aponta.
Liberdade para o estudante falar sobre o que ele gosta
A liberdade de escolha a partir dos interesses pessoais fica clara no trabalho das colegas Inaiara de Lima, 17 anos; Vânia Guidini, 17; e Evelyn Laux, 16, do 2º ano do Ensino Médio. O tema “animais domésticos” levou ao público uma série de informações sobre os pets, desde os cuidados de saúde e higiene até a maneira como devem ser criados. Inaiara, inclusive, já é uma empreendedora de Pareci, sendo dona de um petshop. A estudante observa que, se um animal é tratado com carinho, ele responderá da mesma forma. Citando o caso da raça Pitbull, a empresária sustenta que a agressividade imputada à raça é resultado de estímulo violento na criação.
Andando mais um pouco, o visitante se deparou com o estande dos amigos Pietro Dorr e Afonso Hilgert, ambos de 16 anos. O projeto “Música Eletrônica” desvendou as ferramentas usadas para criar essa arte, sendo que os jovens, apreciadores do estilo, defendem o benefício que ele traz ao ser humano. “A pessoa que está muito triste, se ouve a música eletrônica, pode até chorar”, afirma Pietro. O estudo revelou que a variação eletrônica feita nas notas musicais eleva o estado psíquico momentâneo do ouvinte, seja de tristeza, seja de euforia. Todavia, o resultado final é positivo, ao liberar enzimas no cérebro e aumentar o batimento cardíaco. Afonso ressaltou ainda que a música não é responsável pelo consumo de drogas habitualmente relacionadas às festas rave.